- 12 de novembro de 2024
Praga identifica em Roraima
Nesta quinta-feira, dia 27, chega a Roraima a Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, que levará aos técnicos e produtores do estado orientações importantes sobre o manejo das principais ameaças fitossanitárias, com destaque para a Helicoverpa armigera. O evento acontecerá no Auditório do Pronat -UFRR, das 8h30 às 12h e é aberto ao público.
A Caravana é composta por cinco pesquisadores da Embrapa, que falarão sobre as ameaças fitossanitárias, os riscos associados a elas e as estratégias fundamentais para o manejo e a recomposição do equilíbrio agroecológico a partir do Manejo Integrado de Pragas (MIP). O público-alvo são extensionistas, técnicos de cooperativas, sindicatos, associações rurais e assistência técnica.
Após as apresentações, será promovido um debate para que o público possa conversar com os especialistas, trocar experiências e tirar dúvidas. Também serão distribuídos materiais informativos produzidos pela Embrapa sobre a identificação e controle da Helicoverpa armigera e sobre o Manejo Integrado de Pragas. Diversos conteúdos podem ser acessados na Internet, no hotsite Alerta Helicoverpa (http://www.embrapa.br/alerta-helicoverpa).
O foco na Helicoverpa armigera neste primeiro evento busca controlar, de forma correta e sustentável, uma lagarta que vem causando enormes prejuízos no Brasil. Em Roraima, a praga foi detectada em julho de 2013 nos municípios de Boa Vista e Bonfim, sendo encontrada em plantações de soja, milho e feijão-caupi. Os danos sociais aos pequenos agricultores e às comunidades indígenas são as maiores preocupações.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Roraima, Elisângela Fidelis, a detecção da lagarta nas lavouras deve ser feita por meio de monitoramento frequente e uma vez detectada os produtores devem adotar o manejo integrado com uso conjunto de técnicas, como controle químico, com rotação de produtos e controle biológico.
“Essa lagarta é muito generalista. Ela ataca várias espécies de interesse econômico, como soja, algodão, feijão, milho e tomate. Além disso, tem elevada capacidade de reprodução e sobrevivência; potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas; alta capacidade de dispersão dos indivíduos voadores (mariposas) e de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo, por isso é tão perigosa”, diz, Elisângela.
A Caravana
Composta por 27 pesquisadores e técnicos divididos por equipes, a Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias começou suas atividades em dezembro de 2013 com eventos em Goiás, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul, reunindo mais de 1,3 mil extensionistas e técnicos rurais. Até março deste ano, os especialistas percorrerão todas as regiões produtoras do País, levando informações emergenciais sobre o manejo da Helicoverpa armigera.
A Caravana é uma iniciativa da Embrapa e conta com apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O roteiro completo pode ser acompanhado no Site da Caravana (http://www.embrapa.br/caravana). No site também é possível baixar os materiais informativos.