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Brasil-Guiana

Cooperação técnica na saúde


Membros do Comitê de Fronteira Brasil-Guiana reuniram-se na última semana, para tratar de assuntos importantes relacionados ao desenvolvimento dos dois países. Esta foi quarta a reunião do Comitê de Fronteira Brasil-Guiana, desta vez, na cidade de Lethem, no país vizinho.

Segundo o secretário adjunto de saúde, Miguel Ângelo  D'Elia, durante o encontro, foram discutidos vários assuntos na área de saúde, entre eles, a realização de treinamentos para guianenses em diagnóstico laboratorial de doenças como Leishmaniose, Dengue e Malária, a instituição de um plano de ação para o controle destas enfermidades epidêmicas, além do trabalho conjunto de imunização na região de fronteira.

“Estamos em área endêmica para determinadas doenças e esse é um problema da Guiana também, como por exemplo, temos muitos brasileiros que vão para o país vizinho e são infectados, por isso precisamos atuar de forma conjunta, para que, desta forma, consigamos ter um plano de ação forte, e com isso, um controle mais eficaz na prevenção de doenças”, esclareceu.   

D'Elia esclareceu que os acordos na área da saúde estão em estágio de execução avançado, em relação às propostas estabelecidas nas reuniões anteriores, e que ainda em 2014 deva ser iniciado um plano de cooperação técnica, que resulte em treinamentos aos agentes estrangeiros, pelos núcleos estaduais de vigilância em saúde, concluindo assim, a pauta de discussões na área de saúde. 
“Conseguimos, com o apoio do Ministério da Saúde, estabelecer um canal de comunicação entre os dois países, de modo que atualmente eles recebem as nossas informações, e ainda nesse semestre iniciaremos a cooperação técnica entre Brasil e Guina, de forma que iremos receber as equipes estrangeiras e realizar treinamentos, de forma que eles possam se tornar multiplicadores do trabalho de prevenção e conscientização no seu país”, complementou.

No encontro foram debatidas ainda ações conjuntas entre outros setores, como o  combate e erradicação à Mosca da Carambola, especialmente na região de fronteira.“ Essa foi uma das sugestões do Governo de Roraima, pois entendemos que é preciso criar e estabelecer ações que permitam ao Estado, estar livre desse problema, que pode trazer consequências negativas não só para a saúde, como também para o setor de exportação do Estado” salientou.  

Foram discutidos outros temas outros importantes para as duas regiões, por conta da situação geográfica de fronteira, entre eles, na área de educação, a apresentação do Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira, e em relação à violência contra a mulher, foi debatida a criação de Núcleos de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência nas Fronteiras e a instalação do Grupo de Trabalho Ad Hoc para lidar com a consequências que  a violência contra mulheres pode causar.

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