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Tuberculose/2013

Aumentam os casos de tuberculose entre os índios de Roraima.


5 índios acometidos da doença

A prevenção e o controle da tuberculose em Roraima são os principais temas tratados no encontro que reúne técnicos municipais, distritais e estaduais de saúde. No segundo dia do evento, nesta quarta-feira, 19, as discussões giram em torno da incidência da doença na população indígena. Comparando os dois últimos anos, os casos da doença entre índios aumentaram. Em 2013, foram registrados 32 casos, contra 27 em 2012. Com isso, foi diagnosticado cinco novos casos no ano passado.

A Oficina de Avaliação e Programação das Ações de Controle da Tuberculose, que iniciou na terça-feira (18), seguirá até quinta-feira (20), no auditório do PRONAT-UFRR. A proposta é sair do encontro com um Plano de Ação elaborado para este ano. A programação vai de 8h às 18h, e no último dia somente pela manhã.

Segundo a gerente do Núcleo de Controle, Goreth Alves, serão apresentadas as realidades dos municípios de Uiramutã, Bonfim, Normandia, São João do Baliza, São Luiz, e em seguida pelos Distritos Sanitários Leste e Yanomami. “A incidência da tuberculose entre os índios merece maior atenção por se tratar de um público diferenciado, com aspecto social e cultural próprios”, esclareceu.

Trata-se de uma população que possui características específicas como a forma de moradia que ajuda na transmissão da doença. “Muitas pessoas convivendo em um ambiente fechado. O tempo de exposição que pode ser maior que o estimado, ao contrário das cidades urbanas que existe uma política de prevenção e controle da doença, e por fim a imunidade baixa, que torna essa população ainda mais vulnerável”, complementou a gerente.

Goreth salienta que por conta dessas peculiaridades da população indígena, faz parte da Política de Atenção do Ministério da Saúde, ações diferenciadas para este público, onde o foco é reforçar e diminuir o risco de adoecimento nestas regiões.

Em 2013, dados dados do Núcleo Estadual de Controle da Tuberculose mostram que, o número de casos novos ficou em 159, sendo 146 pessoas residentes em Roraima, contra os registros de 2012, em que foram identificados 123 casos novos, destes 114 residentes no Estado.

A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, tabagismo, alcoolismo, falta de higiene ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose.

Aos primeiros sintomas, como tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é preciso procurar a Rede de Atenção Básica para realizar o exame de baciloscopia e o raio X, quando necessário, para identificar se trata-se ou não de tuberculose.

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