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Meu bebê, minha vida

Projeto contra mães ociosas atendeu 8 mil pessoas em oficinas terapêuticas.


Oficinas terapêuticas para mães
 
O Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazaré (HMINSN) dispõe do projeto “Meu Bebê, Minha Vida”, oferecendo oficinas terapêuticas e profissionalizantes às mães que aguardam a alta dos filhos internados na UTI Neonatal. A semana está reservada para articular a adesão de parceiros que possam contribuir nas oficinas, como também no remanejamento do calendário de atividades. A expectativa que as oficinas que ajudam a preencher o tempo ocioso das mães iniciem na próxima semana.
 
Segundo a assistente social, Adália Siqueira, uma das responsáveis pelo trabalho, mais de 8 mil pessoas, incluindo mães e pais, passaram pelas oficinas durante todo o ano de 2013. “A ideia é voltada para mães do berçário, mas as de outras alas têm procurado a gente, como a Ala dos Girassóis que são pacientes de alto risco”, explicou.
 
Adália ressaltou que pessoas e instituições interessadas em serem voluntárias no “Meu Bebê, Minha Vida”, ministrando alguma oficina, podem procurar a sala do projeto ou entrar em contato com o serviço social do HMI pelo 4009-4954. “Tivemos 16 parceiros que aderiram o projeto em 2013, a expectativa que possamos ampliar e termos novas adesões. Os parceiros são peças fundamentais para o sucesso do trabalho, como também a ajuda de voluntários e pessoas anônimas que fazem doações”, incentivou.
 
Das 14 oficinas terapêuticas ofertadas às pacientes ano passado, a mais procurada foi a de imagem Pessoal e Beleza. Em segundo lugar ficou a oficina de espiritualidade, orando por nossos filhos, realizada todas as sextas-feiras. “Um pastor ou um membro da igreja católica sempre esteve conosco, alimentando a espiritualidade e enchendo os nossos corações de esperanças”, comentou.
 
Outras oficinas que fizeram sucesso foi a de artesanato e a de cinema, com exibição de filmes nas quartas-feiras. “Os filmes eram sugestões das próprias mãezinhas”, recordou.
 
Adália lembrou emocionada que o projeto iniciou tímido e hoje tomou proporções maiores cada ano. O legal de tudo isso, ressaltou ela, que as oficinas além de ajudar a melhorar a autoestima, os pais têm seguido com os ensinamentos no dia a dia, aumentando assim a renda familiar. “Um pai participou das oficinas de artesanato aqui, e está vendendo o que ele confecciona. Outras retornam para serem instrutoras e até continuam participando, mesmo depois do filho receber alta médica”, festejou.
 
OFICINAS
 
O Projeto tem oferecido oficinas de autoestima, que incluem estética, aulas de maquiagem, corte de cabelo, massagem, manicura e pedicura e limpeza de pele. Também é feito artesanato e as pacientes contam com incentivo à leitura, por meio de empréstimo de livros. Nas quartas-feiras são exibidas para as mães, filmes de entretenimento, além de oficina educativa em saúde, que são rodas de conversas sobre temas de interesse delas.
 
A diretora da Maternidade, Ana Carolina Brito, comentou que é um ganho cultural muito grande. “Acredito que as mães têm deixado de pensar mais na doença, para pensar positivamente. E nada melhor que ocupar o tempo com a aprendizagem”, aconselhou.

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