Mais saúde no sistema prisional
O Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Mulher (NAPSM), em parceria com a Área Técnica de Saúde da Mulher do município de Boa Vista, realizou no dia 29 de janeiro, uma ação na Cadeia Pública Feminina. Das 75 mulheres privadas de liberdade, 46 realizaram o exame preventivo de câncer de colo de útero, ou seja, 61,33% das internas.
O material coletado na ação foi encaminhado ao Laboratório Central de Roraima (Lacen) para a análise. A previsão é que os resultados fiquem prontos em até 45 dias. “Assim que o laboratório concluir as análises, vamos retornar ao anexo feminino para entregar os resultados às mulheres”, garantiu Maysa Ruiz, gerente do NAPSM.
Além dos preventivos, foi realizada a emissão de cartão SUS. Com a ação, foi possível garantir o documento a 100% das detentas. A gerente explicou que o cartão é necessário para que elas possam ter acesso a exames de média e alta complexidade, atendimento especializado e também nos casos de uma emergência é indispensável à apresentação.
A ação também disponibilizou teste rápido de HVI e Sífilis. Das 33 pessoas que passaram pelo procedimento, quatro foram identificadas com sífilis e uma com HIV. Maysa explica que ações como estas são importantes e visam garantir o tratamento necessário. “A paciente detectada com HIV já foi encaminhada ao Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) e terá garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), todo tratamento recomendado pelo Ministério de Saúde (MS)”, informa. Já os casos de sífilis, a partir de segunda-feira (03), a Sesau disponibilizará o tratamento, que dura três semanas e é feito através de uma aplicação semanal de Benzetacil.
lembra que serão disponibilizados também na próxima semana, métodos contraceptivos às mulheres privadas de liberdade. “Serão 100 contraceptivos, destes, 50 via oral e 50 anticoncepcionais injetáveis”, explicou Maysa, lembrando que na oportunidade também serão entregues 500 preservativos femininos e géis lubrificantes.
O Plano Nacional de Saúde do Sistema Prisional garante às mulheres privadas de liberdade o direito de realizar exames de controle de câncer cérvico-uterino, de mama e pré-natal. A gerente também explica que após a realização dos exames, a Secretaria de Justiça e Cidadania deve garantir o acesso às consultas, ao tratamento dos casos positivos de câncer cérvico-uterino e HIV. “Como já é reconhecida a condição específica de vulnerabilidade a que estão submetidas as mulheres privadas de liberdade e por isso elas devem receber uma atenção especial”, destaca.