A Comissão de Negociação dos Profissionais da Área Tecnológica do Estado de Roraima (Conepat-RR), formada por engenheiros, arquitetos, médicos veterinários, técnicos industriais e agrícolas decidiram levar o movimento grevista para as ruas.
Desta vez, o ato público foi realizado na manhã desta quarta-feira, 29, em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Roraima (SENGE-RR) e responsável pelo comando grevista, Wolney Costa, a mobilização que há 19 dias foi deflagrada continuará por tempo indeterminado. Ele explicou que na tarde de ontem, após a sansão da Lei que equipara o salário dos técnicos industriais ao dos técnicos agrícolas, o governador José de Anchieta (PSDB) se reuniu com o grupo para negociar as reivindicações, porém não houve consenso entre as partes.
“Nossa intenção era resolver logo essa situação, mas o governador novamente disse que na próxima segunda-feira (03) encaminharia uma contraproposta, porém nosso grupo achou por bem não encerrar a paralisação, pois todas às vezes o chefe do Executivo sempre vem com essas promessas e não com resultados”, afirmou.
O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos Profissionais da Área Tecnológica é a principal reivindicação da categoria, que segundo Wolney, foi elaborado pelo grupo do movimento e não pela comissão nomeada pelo governo. Ele informou ainda que foi publicado no Diário Oficial do Estado que no período de 60 dias o Executivo encaminharia um Projeto de Lei desses servidores para votação na ALE-RR, porém tal prazo já se expirou.
“A equiparação dos técnicos transformada em Lei era uma obrigação do Executivo, pois se tratava de um erro que há muitos anos vinha acontecendo, porém queremos que os profissionais da Área Tecnológica tenham os seus direitos trabalhistas garantidos. O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração confeccionado pelo grupo em nenhum momento foi avaliado pelo governo, principalmente no tocante ao impacto econômico, entre outras questões de ordem financeira. Mas como é que se pode mandar um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa sem antes fazer esse estudo?”, indagou.
O representante do movimento disse ainda que o chefe do Executivo informou ao grupo que faria um pedido junto a Procuradoria Geral do Estado (Proge-RR) para decretar como ilegal a paralisação dos profissionais. Ele afirmou que o movimento grevista também acionou a assessoria jurídica para verificar a situação. “Enquanto a Justiça não decidir esse impasse continuaremos com a nossa mobilização, pois sabemos que a greve é legal e só voltaremos as nossas atividades depois que todas as reivindicações da categoria sejam atendidas”, encerrou Wolney.