Grávidas tratam os dentes
O Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) continua com os serviços de saúde bucal, exclusivos às gestantes de alto risco internadas na Ala dos Girassóis. As atividades restringem-se à prevenção bucal, parte educacional e a parte curativa. Este ano, a unidade já prestou mais de 350 atendimentos, como aplicação de flúor, limpeza ou serviço curativo temporário.
Além das palestras sobre o cuidado com a boca durante a gestação e as formas corretas de escovação, entre outras orientações, o trabalho das profissionais é o de fazer uma triagem nos 43 leitos da Ala dos Girassóis. A busca ativa é para atendimento no consultório odontológico, mantido pelo HMI desde maio do ano passado. O consultório do HMI não realiza cirurgia dentária ou extração de dente. A recomendação dos dentistas é que ocorra uma retirada de dente somente depois do parto.
Após a primeira consulta, que normalmente é para diagnóstico, logo é feito limpeza de gengiva e aplicação de flúor, e conforme a necessidade, outros serviços podem ser feitos. “À medida que a paciente vai ficando à espera do nascimento do filho, os serviços bucais vão complementando para a gestante”, disse a coordenadora do serviço de Saúde Bucal do HMI, Marcela Monteiro.
Os atendimentos no consultório odontológico acontecem de segunda a sexta-feira, de 8h ao meio-dia e das 14h às 18h. Por dia, são atendidas 20 gestantes, divididas manhã e tarde. A coordenadora frisou que os atendimentos são somente para às internadas da unidade. “As gestantes externas podem procurar o atendimento em qualquer um dos postos de saúde. Quanto aos atendimentos de emergência, as gestantes podem procurar o Pronto Socorro”, orientou.
Marcela anunciou que um novo projeto na temática será lançado ainda este semestre. Ela adiantou que se trata de uma capacitação em assistência odontológica a gestante de alto risco, voltada aos ginecologistas obstetras. “A iniciativa surgiu a partir do número de mulheres que passaram pelo HMI no ano passado. Grande parte das gestantes que tiveram filho em 2013 necessitava de tratamento odontológico”, comentou a coordenadora.
Segundo ela, o curso intenciona tirar o mito de que grávida não pode fazer tratamento dentário. O projeto está em fase de elaboração, mas o que se sabe é que terá uma carga horária de 80 horas, divididas em dois módulos. “A primeira etapa é para discutir a gestação e os fatores de riscos. Já no segundo módulo, será a vez de falar sobre as doenças. Serão disponibilizadas 30 vagas, sendo seis à maternidade e as restantes para os municípios”, anunciou.
Na oportunidade, Marcela Monteiro ressaltou que as mulheres precisam ter um cuidado redobrado com a higiene bucal, pois inflamação aumenta as contrações uterinas.