Segundo o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica (Sivep), dos 8.267 casos confirmados de malária em 2013, mais de 49% eram importados de outros países, como Guiana e Venezuela. Os dados revelam que em 2012, foram 2.524 pacientes notificados, e no ano seguinte o número subiu para 3.967 atendidos na rede de Atenção Básica nos municípios.
De acordo com o gerente do Núcleo Estadual de Controle da Malária, Jonas Monteiro, enquanto os números caíram de 2012 para 2013, os casos importados aumentaram consideravelmente. Ele traçou o perfil dos pacientes atendidos nos postos dos municípios. “A grande maioria é paciente do sexo masculino vindo de garimpos, com faixa etária de 39 a 49 anos”, informou.
O município com maior número de notificação de casos importados é Boa Vista, com 3.038 pacientes estrangeiros atendidos. Ou seja, por concentrar mais de 60% da população do Estado, a capital representou em 2013 um percentual de 80,67% sobre o ano passado.
Entre os municípios do interior, o fluxo de pacientes notificados é na maioria nos municípios de Pacaraima (378), Mucajaí (111), Alto Alegre (50), São Luiz do Anauá (43) e Bonfim (33). Monteiro explicou que o tratamento é o mesmo ofertado aos brasileiros. “O paciente chega ao posto de saúde, e caso exista suspeita da doença é coletado amostra de sangue. Vindo a confirmar o tipo de malária, o tratamento é logo iniciado”, informou.
A lâmina com sangue para o exame de malária demora em média cinco a dez minutos para ser lida, após ter passado por todo o processo de preparação, que é a verificação do pigmento correto da coloração que ajuda no descobrimento da doença. “Para facilitar e padronizar o trabalho das bases, produzimos um tipo único de corante que ajuda no diagnóstico da malária e entregamos no ponto de uso”, comentou.
No estado circulam dois tipos de malária, o plasmodium vivax e plasmodium falciparum. Esse último é o mais grave, e se não for tratado logo pode levar o paciente a várias complicações, exemplo, ao coma, mau funcionamento dos órgãos vitais e demais problemas. “Dos 8.267 casos positivos, 6.120 foram de malária tipo vivax, a mais comum entre à população. Enquanto do tipo falciparum, houve um registro de 1.921. Além de 225 pacientes com os dois tipos da doença em todo o estado”, afirmou o gerente.
DADOS
Contudo, comparando os casos positivos de malária durante os dois últimos anos é notório perceber a redução do estado para 1,4%. Com 8.387 casos confirmados em 2012, contra 8.267 durante o ano passado. Os dados são do Sivep/Malária. Em Roraima, comparando os últimos três anos, os registros da doença ficaram acima da média nacional.