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Contra a Hanseníase

Diagnóstico e tratamento são focos da campanha contra hanseníase.


Campanha combate doença
 
 
Em busca de alertar à população sobre a cadeia de transmissão da hanseníase, os sinais, sintomas, tratamentos e, sobretudo, o diagnóstico precoce, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) está envolvida numa ação educativa em alusão ao Dia Mundial de Combate a Hanseníase. A Campanha Estadual fará nos próximos dias 26 a 31 de janeiro, distribuição de panfletos, atividades de conscientização e realização de exames.
 
A programação alusiva inicia levando orientações, palestras e divulgação em duas feiras da capital. No dia 26, a partir das 8h, na Feira do Garimpeiro, na Ataide de Teive. Já no dia seguinte, no mesmo horário, a atividade educativa será entre os feirantes e consumidores da Feira do Passarão, no Asa Branca.
 
Durante a semana da campanha, os profissionais de saúde estarão realizando o trabalho de conscientização, detecção e orientação sobre o tratamento e acompanhamento em toda as Unidades Básicas de Saúde de Boa Vista.
 
De acordo com informações do Núcleo Estadual de Controle, em 2013 foram diagnosticados 14 novos casos de hanseníase em menores de 15 anos (indicador nacional). Para o gerente do Núcleo, Adrian Rodriguez, a prevalência é considerada alta. “Por isso, a importância da contribuição da sociedade para o combate e prevenção da doença”, argumentou.
 
Rodriguez apontou algumas possibilidades de hanseníase, como uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, dor ou tato; caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhadas e doloridas; engrossamento do nervo que passa no cotovelo, com perda de sensibilidade ou diminuição de força no quinto dedo; áreas com diminuição dos pelos e do suor; dor e sensação de choque; fisgadas nos nervos dos braços, mãos e pés. Além disso, caso ocorra queimadura ou corte e não haja dor, isso pode ser um dos sintomas da doença.
 
O gerente explicou que a doença pode ser classificada de dois tipos: multibacilar, apresentando mais de três lesões na pele, como também paucibacilar, que a pessoa possa apresentar de uma a três manchas na pele. “Caso seja observado sintomas da doença, a pessoa deve ser encaminhada para um serviço de referência para ser diagnosticada e tratada. O tratamento leva mais de seis meses", informou. “Qualquer lesão de pele com alteração de sensibilidade deve ser investigada. A hanseníase tem cura. Porém, quanto mais tempo demorar o tratamento, mais avançada a doença fica, podendo causar deformidades físicas”, alertou Rodrigues.
 
DADOS
 
O Ministério da Saúde divulgou que identificou 300 crianças e adolescentes com hanseníase em escolas públicas de todo o país no ano passado. Os dados foram resultados da Campanha Nacional de Combate a Hanseníase realizada em 2013. Em Roraima, os municípios investigados foram Boa Vista e Bonfim, a pesquisa aconteceu em seis e duas escolas respectivamente.
 
Em Boa Vista, dos 1.512 que passaram por uma triagem, apenas 1.392 realizaram o exame, o que resultou em apenas três suspeitos. Isso significa que 0,2% dos casos suspeitos foram encaminhados as UBS para exame dermatológico, neurológico e avaliação de incapacidade. “Nenhum caso foi confirmado com diagnóstico de hanseníase. Os dados da campanha feita em Bonfim, até o momento não foram enviados ao Núcleo Estadual”, disse o gerente.

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