Sesau atenderá reeducandas
O Núcleo de Ações Programáticas de Saúde da Mulher (NAPSM), em parceria com a Área Técnica de Saúde da Mulher do município de Boa Vista, vai realizar no próximo dia 29, uma ação no anexo feminino da cadeia pública. O objetivo é garantir exames como a coleta de preventivo, identificar gestantes e realizar consultas de pré-natal às mulheres privadas de liberdade. A ação ocorrerá das 8h até às 12h e das 14h às 18h.
A gerente do NAPSM, Maysa Ruiz, afirma que é de extrema importância a realização do preventivo, principalmente nas mulheres entre 25 e 64 anos de idade, pois nesta faixa etária o risco de câncer de colo de útero é maior. “Além de realizar o preventivo, a ação visa detectar doenças sexualmente transmissíveis, e verificar o tratamento necessário para sanar estas doenças”, esclarece. A ação contará com teste rápido de HVI e Sífilis, exames laboratórias, teste de glicemia, aferição de pressão, emissão do cartão do SUS e palestras sobre temas variados referentes à saúde da mulher .
A ação contará com duas equipes de profissionais das unidades básicas de saúde do Caranã e do Cauamé. Conforme Maysa, serão realizados cerca de 80 exames preventivos. “Serão 40 exames pela manhã e mais 40 no período da tarde. Além das reenducandas, também realizaremos os atendimentos à agentes penitenciárias de plantão”, afirma.
O Plano Nacional de saúde do Sistema Prisional garante que as mulheres privadas de liberdade o direito de realizar exames de controle de câncer cérvico-uterino , de mama e pré-natal. “ Iremos identificar as gestantes e então encaminhá-las para a realização do pré-natal, conforme preconiza a Rede Cegonha que a gestante precisa ter sete consultas no período gestacional”.
A gerente também explica que após a realização dos exames, a Secretaria de Justiça e Cidadania deve garantir o acesso à consultas de pré-natal das gestantes ao tratamento dos casos positivos de câncer cérvico-uterino e HIV. “Já é reconhecida a condição específica de vulnerabilidade a que estão submetidas as mulheres privadas de liberdade e por isso elas devem receber uma atenção especial”, destaca.
São 74 mulheres privadas de liberdade no estado, sendo 04 no regime semiaberto. Entre estas, há 03 gestantes, uma delas está junto as demais reeducandas e as outras duas já estão em uma ala reservada. “Após o sexto mês, a reeducanda é encaminhada para outra ala onde fica até a criança nascer e completar seis meses de idade”, finaliza a gerente.