Tratamento é fundamental, diz Sesau
Dos 8.267 casos de malária confirmados em 2013, o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica e Notificação de Casos (Sivep/Malária) registrou seis casos em grávidas em Roraima. Os municípios com casos registrados foram: Cantá (01), Pacaraima (04) e são Luiz (01). No entanto, mesmo com a baixa incidência o plano de controle da malária deve ser executado envolvendo todo o público-alvo, incluindo as gestantes. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde aos Núcleos de Controle da Malária.
A malária é uma doença comum nos países de clima tropical e subtropical, e possui como vetor o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite. A doença pode ser transmitida pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
As diretrizes do Ministério da Saúde estabelecem que todos os casos confirmados devem ser tratados, inclusive as gestantes. No caso das grávidas, a doença se enquadra na classificação malária complicada, que aquela que acomete pessoas que sofrem que hipertensão, diabetes, idosos, crianças menores de seis meses. Mesmo nesses casos o tratamento deve ser iniciado só de forma diferenciada, ou seja, a paciente gestante é encaminhada ao centro de saúde, é feita a notificação e é liberado o tratamento específico para a mulher grávida.
Segundo o médico clínico geral José Nunes, o tratamento é diferenciado, mas não pode deixar de ser feito. “Até os três primeiros meses a gestante não pode fazer o tratamento de rotina, e sim um tratamento específico, seguindo o manual distribuído pelo Ministério da Saúde, para todas as unidades de prevenção e controle da doença”, esclarece.
O MS adota uma tabela de medicamentos, com itens específicos para o tratamento de malária em gestantes, por isso mesmo as gestantes não podem deixar de fazer o tratamento. “Não precisa ter medo, ao aparecer a suspeita ou os sintomas a mulher deve procurar a unidade de saúde, fazer a lâmina, e se o resultado for positivo deve iniciar o tratamento”, concluiu.
SINTOMAS
Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
O tratamento é feito pela atenção básica (municípios) e acompanhado por uma equipe multiprofissional, composta por microscopistas, agentes de saúde que atuam nas áreas rurais, agentes de endemias, agentes comunitários, enfermeiros, médicos, entre outros.
DADOS DE MALÁRIA EM GRÁVIDAS – ANO 2013
MUNICÍPIOS
NÚMERO DE CASOS
Pacaraima
04
São Luiz
01
Cantá
01