A Unidade Integrada de Saúde Mental (Uisam) divulgou os atendimentos realizados durante o ano de 2013. Constam no mapa estatístico os números de consultas, motivos dos atendimentos, administração e dispensação de medicamentos, visitas domiciliares e perícias. O balanço ajudará a equipe multiprofissional criar novas estratégias nas atividades terapêuticas que serão desenvolvidas neste ano.
Em 2013, a unidade registrou aumento de 2,8%, em relação a 2012. Os procedimentos contabilizaram no ano passado 81.527, contra 79.322 do ano anterior. Os serviços vão desde o acolhimento à terapias de grupos com os pacientes. O relatório aponta que a maioria dos pacientes que passaram em 2013, foi a procura de atendimentos psiquiátricos (20.648). Se comparar com 2012, que teve 18.430 atendimentos, houve um acréscimo de 12%. Outras consultas são realizadas, como psicologia, tabagismo, serviço social, terapia em grupo, fisioterapia, entre outros.
A somatória das atividades da equipe de enfermagem, incluindo dispensação e administração de medicamentos e ainda as perícias domiciliares. A diretora-geral da Uisam, Romina Carvalho, disse que a unidade oferece serviços ambulatoriais, como também atividades de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Aos poucos estamos nos tornando um Caps III, unidade que funcionará 24h com internação.
Tem comparecido à Uisam pessoas que sofrem transtorno mental, como esquizofrenia, bipolaridade, pânico do medo, entre outras doenças. Para quem precisa usufruir de um dos atendimentos, deve procurar a unidade no turno da manhã ou tarde para o acolhimento e assim agendar a consulta no especialista.
A diretora ressaltou que a dificuldade ultimamente está no número de usuários que faltam ao atendimento agendado, que é marcado para menos de 30 dias. “Mas o que acontece: eles (pacientes) deixam de comparecer no dia e hora marcados. Acredito que esquecem ou não priorizam, isso além de sobrecarregar, prejudica demais pacientes”, lamentou.
Um cálculo estimado citado por ela, foi o número de faltosos. “São de quatro a cinco pacientes por mapa. Por turno são 20 vagas por profissional. Se eu ofereço 400 consultas no ambulatório de psicologia, eu perco 50% da demanda, por não comparecer os usuários agendados. O SUS é nosso, tudo isso vem dos nossos impostos”, comentou Romina.
MELHORIAS
Com a chegada dos novos concursados, a unidade conta com uma equipe completa de profissionais trabalhando a autonomia social. Há pedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, educador físico, psiquiatra e a equipe de enfermagem que atua nos três turnos. “Temos todos os profissionais que um Caps precisa”, resumiu.
O projeto singular aplicado na unidade desde 2013, têm surtido efeito satisfatórios. É um trabalho criado para cada paciente, em busca de deixá-lo menos agressivo e mais sociável. “Uma das alternativas são oficinas lúdicas, terapêuticas, atividades extramuros [passeios turísticos], entre outras possibilidades. A ideia é a conquista da sua autonomia ”, disse.