Suporte aos médicos do programa
Os 64 médicos que atuam pelo Programa Mais Médicos passarão por supervisão assistida. A medida é uma orientação interministerial dos ministérios da Saúde e da Educação. Roraima já tem dez médicos supervisores contratados que estão atuando, e já realizaram a primeira visita como supervisores. Agora, para concluir o relatório, os profissionais esperam o sistema digital de supervisão voltar em funcionamento. O software está passando por manutenção.
“Queremos fortalecer a supervisão no estado, com intuito de chegar ao final do projeto tendo médico com conhecimentos e habilidades amplificadas, voltadas a saúde da família”, anseia a representante do Ministério da Saúde, Lia Fonseca, sobre o pedido de mudanças
O perfil dos candidatos foi conhecido em uma reunião entre professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) - instituição tutora – e a Comissão Coordenadora Estadual (CCE), na última segunda-feira (13).
Também possibilitou esclarecer questões do trabalho, dúvidas no manuseio do sistema de informação, um software digital que alimentar os dados apurados e, sobretudo, fortalecer a comunicação.
Compõem a CCE, representantes das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, do Ministério da Saúde e Consems. Em busca de melhor organizar os serviços, uma agenda de atividades será elaborada na próxima quinta-feira (23).
A proposta interministerial é um supervisor para cada dez médicos do programa. Mas durante reunião surgiu a contraproposta para diminuir o número de médicos avaliados. A inciativa partiu da instituição tutora. “A justificativa é como atualmente são 64 médicos, e em breve chegarão mais 27, bom seria que fosse um supervisor para cada cinco médicos do programa, podendo assim fazer toda a cobertura do estado sem perder a qualidade na supervisão. A ideia está em avaliação”, disse.
O trabalho de um supervisor é oferecer suporte aos médicos participantes. Entre outras atribuições, eles devem: realizar visitas periódicas para acompanhar as atividades dos médicos, mensal ou bimestralmente; estar disponível por meio de telefone e internet; realizar supervisão de território com vistas a discussões clínicas, reflexões sobre o processo de trabalho e sobre as práticas do cuidado desenvolvidas pelo médico participante; participar de reuniões técnico-científicas, de planejamento ou avaliação a serem organizadas pelo tutor do programa, com vistas a contribuir para o aperfeiçoamento do Projeto Mais Médicos para o Brasil.
CADASTRO NACIONAL
Interessados em serem médicos supervisores precisam fazer a adesão pelo Cadastro Nacional de Supervisores. O cadastro foi criado no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS). Um dos requisitos, o candidato precisa possuir diploma do curso de graduação em medicina emitido por Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo MEC e que possuam inscrição ativa junto ao Conselho Regional de Medicina - CRM.
O cadastro será integrado por médicos mediante chamamento público nacional, realizado pela Coordenação Nacional do Mais Médicos, e os profissionais serão submetidos a um processo de seleção. O cadastro vai ser usado pelas instituições supervisoras que aderiram ao programa.
Na oportunidade, a representante do MS mostrou, graficamente, o panorama geral do país quanto a necessidade da presença de médicos e os principais vazios assistenciais. A região Norte e Nordeste estão à frente das outras três regiões do Brasil, com maior número de profissionais atuando.
Existem 6.658 médicos contratados no Brasil inteiro que aderiram ao Programa Mais Médicos, sendo 5.400 são cubanos. Os médicos estão atendendo na Atenção Básica 2.177 municípios. Dos 6.658, aproximadamente 122 médicos estão atuando em 30 Distrito Sanitário Especial Indígenas. “Os brasileiros inscritos e os brasileiros com formação no exterior têm chamada prioritária no processo”, lembrou Lia.