Agentes de saúde nas ruas
De 2012 para 2013 o estado de Roraima apresentou uma redução de 52,23% nas notificações dos casos de dengue. Os números são apresentados pelo Núcleo Estadual de Controle de Febre Amarela e Dengue e apontam que todos os municípios do estado diminuíram os índices da doença.
Em 2012 foram notificados 4.577 casos, destes 1.902 foram confirmados, 2.675 descartados e 60 casos inconclusivos. Já em 2013 foram 2.186 notificações, 936 comprovados, 1.170 descartados e 76 inconclusivos.
Não houve nenhum caso notificado de dengue hemorrágica. “Tivemos apenas um caso de dengue com complicação em 2012 e dois casos em 2013”, afirma o gerente do núcleo, Joel Lima, explicando que são consideradas notificações todos os casos que apresentam pelo menos três sintomas da doença. “O paciente é tratado e são realizados exames para comprovar a doença”.
Lima diz que mesmo com a queda das notificações da doença a vigilância e controle devem se manter constantes. “A programação de controle da dengue nos municípios incia no primeiro dia útil do ano e termina no último dia útil. Cada município tem uma equipe trabalhando, com um número mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), mediante o número de habitantes”, declara.
Conforme o Ministério, cada agente deve visitar de 800 a 1.000 imóveis, no ciclo de 60 dias. O agente deve passar nas residências para fazer a eliminação de foco e criadouro do mosquito e realizar um trabalho de educação e saúde, orientando os moradores.
O Estado pactou com o municípios a execução de cinco ciclos por ano. O primeiro já ocorre em meados do mês de janeiro. Lima destaca que os municípios também devem realizar o LIRA - Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) - três vezes ao ano. “No mês de janeiro até primeira quinzena do fevereiro todos os municípios estão realizando o levantamento para então chegar no índice da doença no Brasil”.
AEDES AEGYPTI
Segundo o gerente, o Aedes aegypti voa em torno de máximo 15 dias até realizar uma desova em um recipiente. “Ele utiliza a parede do recipiente, não desova diretamente na água, pois precisa de um substrato, como uma tábua ou uma parede cercando a água, e desova acima do nível da água. Depois disso, o mosquito precisa de três horas para completar o processo embrionário do ovo e se houver o contato com a água após este período então irá nascer o mosquito”.
O mosquito só começa a picar no período de reprodução, e apenas a fêmea porque precisa dos nutriente do sangue para a maturação dos ovos. O macho se alimenta de néctar e seiva das plantas. Ela se alimenta de qualquer tipo de sangue, porém possui preferência pelo sangue humano. Todo o processo leva 15 dias. “Então mesmo com o auxílio do agente, o principal agente é o morador da residência, se ele a cada dias fizer uma vistoria no seu quintal, verificando se há água parada, ou vasilhas que podem servir de foco para a dengue, não haverá a possibilidade da proliferação do mosquito”, reitera.