Mortalidade Infantil

Fórum vai discutir formas de prevenir mortalidade infantil prevenção em Roraima.

Por Edersen Lima,
13 de dezembro de 2013
em Opinião Formada

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Mortes de bebês em discussão

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), por meio da Coordenação Geral de Atenção Básica (CGAB), realiza a partir de segunda-feira, (16) o I Fórum Perinatal Estadual, que faz parte das ações da Rede Cegonha em Roraima. A programação será realizada no auditório das Faculdades Cathedral, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h, e segue até terça-feira(17). O evento tem o tema “Desafios atuais para a maternidade segura”.

Dados mostram que em 2012, 168 crianças morreram por mortalidade infantil, e de janeiro até agora, o número de óbitos já chega a 138. Destes, 65 referem-se à crianças menores de sete anos, onde Boa Vista, por concentrar a maior parte da população, ocupa o primeiro lugar com 32 casos, em seguida Alto Alegre com 12 e Caracaraí ocupa o terceiro lugar, com sete óbitos.

Segundo Valentina de Araújo Vieira, gerente do Núcleo Estadual de Saúde da Criança, o fórum será um momento de discussão importante, onde será discutido com representantes de instituições governamentais e não governamentais, as políticas de prevenção da mortalidade materna e infantil em Roraima, e onde serão definidas as entidades que irão compor a Comissão Permanente Perinatal e as ações que serão desenvolvidas no Estado.

“Nós vamos realizar um plano de trabalho que vai servir de base e sustento para as atividades que serão realizadas no Estado. A ideia é criar uma comissão que atue de forma permanente, com reuniões ordinárias mensais e um plano de possa envolver a comunidades e os gestores públicos, de forma que as ações contribuam para a melhoria da qualidade da atenção integral a saúde da mulher e da criança do nosso estado, desde o pré-natal ao nascimento”, complementa.

No primeiro dia, 16, serão discutidos o perfil epidemiológico de Roraima, a situação da saúde da mulher e da criança e a mortalidade materna, infantil e fetal, saúde da mulher e crianças indígenas, Rede Cegonha. Haverá também mesa redonda sobre boas práticas obstetrícias e neonatais. No dia 17 serão abordadas as estratégias para implantação, objetivos e processos de trabalho para que o fórum perinatal se torne permanente, assim como deliberações para formação da Comissão Permanente Perinatal.

Para Ana Nery, coordenadora-geral da Atenção Básica da Sesau, o Fórum é um espaço aberto para todos debaterem as políticas de saúde voltadas para a mulher e para a criança, com foco nas contribuições que possam surgir para a implementação de um plano de cuidado materno infantil amplo e com resultados imediatos. “Queremos contar com a participação de entidades governamentais e não governamentais , sociedade civil e voluntários que estejam engajados nesta causa. É fundamental que possamos ter ações que ajudem a reduzir e prevenir a mortalidade materna e infantil”, finalizou.

PERINATAL

O período perinatal inicia na 22ª semana de gestação (5 meses e meio) e vai até os 7 dias completos após o nascimento da criança. No Brasil, as doenças originadas no período perinatal ainda são as principais causas de óbitos materno e infantil.

O Fórum faz parte do processo de organização das Redes de Atenção a Saúde, entre elas a efetivação da Rede Cegonha no estado. “Teremos a possibilidade de avançar nas atividades que consolidam a rede cegonha no estado e auxiliam na sua efetivação”, finaliza. Trata-se de um programa federal que aponta um novo modelo de gestão e atenção à saúde da mulher gestante e do recém-nascido até seus dois anos de vida. A implantação visa diminuir os índices de mortalidade materna e infantil.