O deputado federal Diego Andrade (PR-MG) anunciou, nesta segunda-feira, a criação de uma nova legenda política no país, com base em Minas. Trata-se do Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN), que vai contar com o apoio de trabalhadores rurais, sindicalistas, cafeicultores e lideranças do setor de transportes. Segundo Andrade, a sigla vai ter a postura de “diálogo” com a presidente Dilma Rousseff e com o governador Antonio Anastasia (PSDB) e seguirá na “luta pelos interesses do estado”. “É um partido de desenvolvimento. Vamos lutar pela infraestrutura e pelo fortalecimento dos municípios, certamente para a base de Dilma. Mas estaremos prontos para conversar com o PSDB”, afirma Andrade. O deputado, sobrinho do senador Clésio Andrade (PR-MG), tem seis meses de mandato pelo PR e vai deixar o partido após a concretização do PDN. Na Câmara dos Deputados, ele compõe a Comissão de Viação e Transporte da Casa.
A nova legenda tem base de 90 mil eleitores e já foi registrado em Brasília, em conformidade com a legislação eleitoral. O próximo passo é coletar assinaturas para formalizar a criação do PDN. “Falta espaço para Minas na política. Temos a maior malha viária do país e o segundo colégio eleitoral do país. Se precisar, vou viajar pelo país para colher essas assinaturas”, completa.
Andrade destaca que se desnvincula do PR, suspeito de envolvimento em denúncias de superfaturamento de obras no Ministério dos Transportes, para defender “formas eficazes para tirar do papel obras importantes para Minas, paradas desde a época do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso”. “Vamos buscar formas simples para tirar do papel a duplicação da BR-381, do Anel Rodoviário e do acesso entre os municípios de Varginha e Três Pontas, no Sul de Minas”, diz.
Sobre a crise na pasta dos Transportes, Andrade ponderou que cabe a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal para apurar as suspeitas de irregularidades. “Sempre digo que algo bem-feito é melhor do que bem explicado. Existe aí ou incompetência ou falta de apoio para as obras em Minas, por exemplo, serem realizadas. Se estivesse todo mundo satisfeito, o cenário seria outro”, afirma.
De acordo com o deputado, o senador Clésio Andrade não decidiu se vai compor o quadro do PDN em Minas. “Se ele virá ou não, a decisão é dele”, observa.