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Linha Manaus/Boa Vista

Governo vai leiloar em agosto


Governo vai leiloar em agosto

A senadora Ângela Portela (PT) anunciou ontem (7) que o Governo Federal fará em agosto o leilão da linha de transmissão entre Manaus e Boa Vista. A Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, abriu para consulta pública o edital do segundo leilão de transmissão de energia elétrica de 2011, que será realizado em agosto. De acordo com Ângela Portela (PT), entre os 12 lotes que serão oferecidos, o primeiro (ou lote A) diz respeito à linha de transmissão Manaus/Boa Vista, com total de 715 quilômetros e uma subestação na Vila Equador. O investimento previsto é superior a 1 bilhão de reais.

A senadora informa ainda que a minuta do segundo leilão de transmissão de 2011 está disponível para consulta no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (http://www.aneel.gov.br). O certame será dividido em 12 lotes, com empreendimentos em 14 estados. As instalações deverão entrar em operação comercial no prazo de 18 a 24 meses a partir da data de assinatura dos contratos de concessão. (Confira aqui as instalações de cada lote).

Ângela Portela, que se reuniu com o diretor-geral da ANEEL para tratar da construção de linhas de transmissão e usinas hidrelétricas em Roraima, explica que esta obra significará o fim do isolamento energético do nosso estado. “Atualmente, apenas os estados de Amapá, Amazonas e Roraima não fazem parte do Sistema Interligado Nacional. Com a construção da linha, a energia produzida na Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará) chegará a Macapá, Manaus e Boa Vista”.

O edital da ANEEL contempla duas linhas de transmissão em carga dupla de 500 kV (Kilovolts). A primeira, entre a localidade de Lechuga, próxima a Manaus, até a Vila Equador, no estado de Roraima, terá 400 quilômetros de extensão. A segunda linha, que faz parte do mesmo lote, sairá da Vila Equador até Boa Vista, com extensão de 315 quilômetros, também em carga dupla de 500 kV. O edital prevê ainda a construção de uma subestação em 500 kV na Vila Equador. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento-PAC.

Bem-Querer e Paredão

Com a confirmação do leilão das linhas de transmissão de Manaus até Boa Vista e a integração de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a senadora Ângela Portela diz que o trabalho agora será para avançar nos entendimentos para a construção das Usinas Hidrelétricas de Bem-Querer e Paredão. “Nos comprometemos com o povo de Roraima em lutar para resolver o problema de oferta de energia em todo o nosso estado. Com a construção da linha de transmissão, a oferta de energia em Roraima crescerá mais de 200% e todo o sul do Estado será beneficiado”.

A senadora vai mais além e diz que, com a Linha de Transmissão passando por Caracaraí, aumentam as chances do Governo Federal construir o complexo de hidrelétricas em Roraima. “Quando estas hidrelétricas ficarem prontas, a energia gerada, equivalente a 1.000 Megawatts, poderá ser imediatamente oferecida no Sistema Interligado Nacional. A linha de transmissão vai passar ao lado das hidrelétricas e Roraima venderá energia para o resto do Brasil”, diz a senadora.

Ângela Portela pediu ao diretor-geral da ANEEL, Nelson Hübner, e ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, apoio para a construção das hidrelétricas. O inventário hidrográfico da bacia do rio Branco, feito pelo governo federal, propõe a construção de três a quatro usinas em Roraima, sendo a maior delas, com 700 Megawatts, nas corredeiras de Bem-Querer, no rio Branco, e as demais na localidade de Paredão, no rio Mucajaí, que somarão mais 300 Megawatts.

O inventário encontra-se atualmente na ANEEL para análise e, uma vez aprovado, será submetido ao setor privado, em consulta pública. A previsão do Ministério de Minas e Energia, informada à senadora Ângela Portela, é que todo o procedimento seja concluído para que as usinas sejam oferecidas em leilão entre 2013 e 2014.

Durante visita esta semana às obras das usinas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira (Rondônia), a presidente Dilma Rousseff voltou a expressar sua convicção na viabilidade de construção de novas hidrelétricas na Amazônia, com baixo impacto ambiental. Ela lembrou que a energia hídrica é a que menos agride o meio ambiente, por ser uma fonte limpa, renovável, que não lança gases de efeito estufa na atmosfera.

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