- 26 de novembro de 2024
Raul acompanha ministro
Em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (8), o deputado federal Raul Lima (PP-RR) fez dramático apelo às autoridades constituídas ao afirmar que seu estado corre o risco de ser varrido do mapa. O roraimense iniciou seu discurso dizendo que “Roraima pede socorro”.
Em sua opinião, “o povo que vive em Roraima deveria ser tratado como herói”. Raul Lima se referiu ao fato de o estado ter a menor densidade demográfica do país (cerca de 400 mil habitantes), para deixar claro que não é o número de habitantes de uma unidade federativa que se constitui fator determinante no seu desenvolvimento.
Roraima, segundo Raul Lima, vem sendo tratado com negligência e possui os mesmo graves problemas de qualquer outro estado brasileiro. E essa questão, segundo ele, diz respeito somente à forma de administrar. “Nossos homens públicos se mostram inteiramente perdidos na hora que assumem qualquer posto”.
O deputado, que segue nesta quinta-feira (9) na comitiva do ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) para visitar áreas afetadas do Estado, mostrou-se muito apreensivo com a possibilidade de ruir a ponte sobre o Rio Branco, na BR-174 (localidade Vista Alegre), em Caracaraí.
“Se isso acontecer”, comentou o deputado, “Roraima ficará isolado e levará muito tempo até que tudo se normalize”. Ele acredita que o mais preocupante é saber que o desastre ambiental acontecido na Região Serrana do Rio de Janeiro não teve o esforço de reconstrução prometido pelo governo federal.
“Fizeram muitos discursos e uma infinidade de promessas, mas ficou somente nisso. Hoje, quem for àquela Região irá constatar que tudo continua como se o desastre tivesse ocorrido há uma semana”, assegurou.
Raul Lima lembrou ainda as Cidades da Mata Sul de Pernambuco que foram invadidas pelas águas do Rio Una. “Na última semana, tivemos outra cheia nas mesmas localidades: Água Preta, Barreiros e Palmares, entre outras, e nada se fez ou se faz. É preciso que o poder público comece a agir”, aduziu.
Ele disse que fará outro pronunciamento, ao retornar com a comitiva ministerial, sugerindo possíveis medidas. “Por enquanto, vamos dar crédito ao ministro e aguardar providências federais para evitar cataclismo maior, no abandono de pessoas que estão perdendo tudo, pois as chuvas ainda não deram trégua”, finalizou.