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FRANCISCO ESPIRIDIÃO

É brincadeira, meu cumpadi!


É brincadeira, meu cumpadi!

O Brasil já teve vários ministros atrapalhados, surgidos principalmente depois que os militares entregaram o poder aos civis. Entre tantos, podem-se citar o dublê de astronauta Gustavo Krause, ministro da Fazenda durante o governo Itamar Franco.

Pernambucano de Vitória de Santo Antão, Krause ainda continua na política regional de seu estado, encostado no DEM. No Ministério, não conseguiu emplacar os três meses. Tomou posse em 2 de outubro e deixou o cargo em 16 de dezembro de 1992.

Outro despirocado foi o eletricista Antônio Rogério Magri (o "imexível"), que assumiu o Ministério do Trabalho durante o governo do defenestrado presidente Fernando Collor de Mello. Tendo um carro de sua Pasta sido flagrado levando sua cadela de estimação ao veterinário, Magri mostrou-se surpreso:

- Que mal tem? A bichinha é um ser humano como outro qualquer. 

Tudo bem. Ministros desmiolados são artigos que não faltam na história da República de Banânia. Mas, de topete alto e elevada moral de cueca (nada a ver com os dólares na cueca do petista cearense) ainda estávamos por ver uma safra tão pródiga quanto à petista dos últimos anos. 

Ricardo Berzoíni (Trabalho), Benedita da Silva (Ação Social, substituída por Patrus Ananias), Luiz Gushiken (o das cartilhas), e por aí vai. Para quem não lembra, Berzoíni é aquele que queria exterminar os velhinhos aposentados. Benedita da Silva fez turismo com dinheiro público na Argentina.

Ah, ia esquecendo aquele que a gente pode chamar de bola da vez: Antônio Palocci (atual Casa Civil da Presidência da República). Está enrolado até o pescoço com a história do enriquecimento meteórico - R$ 20 milhões em apenas quatro anos. Deste total, 10 milhões apenas nos dois últimos meses de 2010.

Em passado não muito remoto, enquanto superministro da Fazenda do governo Lula, Palocci enredou-se com a história da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo  dos Santos Costa. Por isso, perdeu o cargo de ministro. Mas foi inocentado escandalosamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em maio passado, a Caixa Econômica Federal confirmou na Polícia Federal que a ordem para a quebra do sigilo do caseiro partiu mesmo do gabinete de Palocci.

Mas, incompetência mesmo tem nome e endereço no Ministério de Dilma. Chama-se Fernando Haddad. Não tem pra ninguém. O homem é detentor do cetro máximo. A cada dia surge novo furacão, e quem está no olho do danado? Quem, senão Haddad?

Responda depressa: quantas vezes o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi fraudado sob a direção de Fernando Haddad? Eu ajudo: foram pelo menos duas vezes consecutivas, em 2009 e 2010. A barbeiragem da primeira vez foi repetida com pompa e circunstância no ano seguinte.

Sob as barbas de Haddad, os “petralhas” prepararam uma cartilha que introduzia criancinhas no “alegre” mundo gay. Depois de questionamentos nada espartanos, a cartilha transformou-se em “kit gay”, a ser distribuído aos alunos do ensino médio. Ensinava os jovens a fazerem sexo anal sem dor. Considerado moeda de troca diante do atual imbróglio envolvendo Palocci, tal excrescência foi jogada na lata de lixo.

Mais recentemente, Haddad se viu enredado pelo caso do tal livro que argui que repreender quem fala "nós vai", "os livro" é usar de preconceito linguístico. O tal do politicamente correto.

E, para fechar com chave de ouro, Haddad agora está cheio de dedos para explicar gastos da ordem de 14 milhões de reais para a impressão de 7 milhões de livros didáticos que ensinam a preciosidade matemática: 10 – 7 = 4. 

Isso já não é mais incompetência. É deboche mesmo. 

Francisco Espiridião é jornalista; e-mail: [email protected]

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