- 26 de novembro de 2024
- A mortalidade materna é uma das piores formas de violação de direitos humanos, principalmente quando se sabe que 92% dessas mortes poderiam ser evitadas com atendimento adequado - disse.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 500 mil mulheres morrem anualmente durante a gestação ou em até seis semanas após o parto, em decorrência de complicações da gravidez, parto ou puerpério. Mas somente 5% deles ocorrem em países desenvolvidos.
No Brasil, a cada 100 mil nascimentos, 75 mulheres perdem a vida, salientou a senadora. A redução deste número para 35 mortes até 2015 é uma das Metas do Milênio - compromisso firmado pelo Brasil junto à Organização das Nações Unidas.
- Esse número ainda está muito acima dos resultados obtidos por países desenvolvidos - disse.
Ações governamentais em prol do cuidado materno, entretanto, foram ressaltadas e elogiadas por Angela Portela, como o pleno funcionamento dos comitês estaduais e municipais de mortalidade materna, apesar de ainda não haver em todos os municípios. No âmbito do governo federal, a senadora considerou de "extrema relevância" a criação da chamada Rede Cegonha, um amplo programa de atendimento à mulher, desde a confirmação da gravidez até o filho alcançar dois anos.
Segundo disse a senadora, um dos principais feitos do programa é o fato de assegurar o auxílio transporte, para que a gestante compareça às consultas de pré-natal, e o vale táxi, para que ela possa se deslocar até a maternidade onde foi agendado o atendimento, evitando o desumano problema enfrentado de peregrinação para dar à luz seu filho.
- Não podemos ignorar que o programa Rede Cegonha, com atendimento humanizado, com assistência integral, de forma solidária e carinhosa, é mérito da presidente Dilma e decorre do fato de termos, pela primeira vez, uma mulher no comando deste país - avaliou.