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Raul Lima

É chegada a hora de mudar!


É chegada a hora de mudar!

Quem observa com atenção a vida política nacional, percebe certo cansaço entre os mais variados setores da população com relação à falta de credibilidade da chamada classe política em geral. As pessoas querem mudar e isso se mostra presente no comportamento, nas atitudes e na inquietação da grande maioria.

O tipo de administração pública que se instalou no Brasil, desde a chegada da família real portuguesa em 1808, vai alcançando posição de completo esgotamento. E as repetidas promessas eleitorais a cada dois anos, nas eleições para as Prefeituras e Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional e governos estaduais, estão se deteriorando na carência de representatividade.

Se tomarmos como exemplo o Estado de Roraima, o qual tenho a honra de representar na Câmara dos Deputados, o que se verifica é enorme falta de entrosamento entre considerável parte de seus representantes e a massa de representados. O discurso da época eleitoral se encontra inteiramente distanciado da prática diária.

As medidas tomadas pelo Poder Público são aplicadas à revelia das necessidades da população, como se nossos administradores não devessem prestar satisfação de seus atos e fossem figuras independentes sem responsabilidade com o contribuinte. Esse quadro precisa mudar com urgência. Para que não se decrete a falência do Poder Público.

Medidas arbitrárias, no plano municipal, são ecoadas através do governo estadual e refletem imposições descabidas do Executivo Federal. No Brasil, pagamos uma das maiores cargas tributárias do planeta, sem que haja compensação em termos de serviços públicos que elevem nosso chamado IDH.

Num país onde as estradas se constituem na mais vigorosa alternativa para o escoamento da produção, pois não dispomos de ferrovias, temos a gasolina mais cara do mundo e contabilizamos prejuízos incalculáveis nas péssimas condições das rodovias.

E o que dizer da Saúde, Educação, das condições dos nossos presídios e dos índices de violência que apontam ambiente de guerra generalizada? Em Boa Vista, por exemplo, apesar dos altíssimos impostos, a população não dispõe de pronto-socorro municipal e quem necessitar de emergência irá enfrentar vicissitudes anormais.

Como empresário em meu Estado, tenho presenciado graves dificuldades enfrentadas no relacionamento entre as pessoas e o poder público, através da negação dos mais comezinhos direitos. Essa ruptura se dá em todas as áreas. Daí, a necessidade de mudança, repensando-se procedimento que vem destruindo parcas conquistas.

Como todos sabem, a nossa vida está toda constituída dentro do município. É nele onde moramos e é nele onde se desenvolvem nossas ações. Ninguém mora no Estado ou na União, mas no município. Proponho maior integração entre cidadãs e cidadãos, discutindo necessidades imediatas, com a finalidade de se repensar o país através da mudança de comportamento dentro do município.

A população pode mudar o seu destino através da cobrança de maior responsabilidade de seus governantes, no cumprimento de promessas infindáveis que acontecem durante as campanhas eleitorais. Nós podemos e devemos gerenciar a nossa Cidade como se fosse uma grande empresa, onde cidadãs e cidadãos sejam agentes efetivos em defesa de seus interesses, elevando o padrão de vida.

Chega de promessas que não serão cumpridas e chega de tanta enganação! Vamos agir pensando no futuro de nossos filhos, defendendo melhor educação e saúde, cuidando de uma sociedade com vistas postas no futuro e não apenas no interesse pessoal de meia dúzia. Boa Vista e Roraima devem repensar seus caminhos.

 
 

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