Abuso Sexual contra Crianças

Ângela diz que data é de reflexão 
 
Em discurso nesta quarta-feira (18) no Plenário, a senadora Ângela Portela destacou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, comemorado no dia 18 de maio. A data lembra o dia do sequestro de Araceli Cabrera Sanches, ocorrido em 1973 no Espírito Santo. A menina, de oito anos, foi seqüestrada, violentada e assassinada. O crime ficou impune.

- É uma data para promover a reflexão e buscar mecanismos para combater esse mal - afirmou a senadora.

Segundo Ângela Portela, a luta para colocar fim ao abuso tem sido uma pauta permanente da bancada feminina nos parlamentos do Brasil e em diversos segmentos da sociedade. A senadora lembrou que a exploração e a violência contra crianças estão associadas a outras práticas aviltantes, como o trabalho infantil e o tráfico de seres humanos.

- Temos avanços, como a Constituição Federal de 88, o Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA] e a disposição da rede pública em enfrentar o problema. Mas ainda há muito a ser feito - declarou.

A senadora lembrou a importância do Disque 100, que permite denúncias sobre violência infantil. Segundo a parlamentar, o programa registra mais de 100 denuncias diárias. Ângela Portela lamentou que em Boa Vista, capital de seu estado, sejam registrados cinco casos de abuso infantil por dia.

- Em 90% dos casos os agressores são da família - afirmou.

Ângela Portela elogiou iniciativas como a autorização do Senado, aprovada no último dia 12, para infiltração de policiais na internet para investigar pedófilos. Segundo a Senadora, o governo vai lançar, ainda nesta quarta-feira, um programa que prevê a integração das polícias civis estaduais para permitir a investigação e a troca de informações com polícias internacionais, com o objetivo de combater a exploração infantil.