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Edersen Lima

Babalaô, \"pessoa de bem\"


Babalaô, "pessoa de bem"

Brasília - O babalaô da Folha de B. Vista, Getúlio Cruz, que se diz "pessoa de bem", não quer ser chamado de babalaô. Ele ingressou com ação na justiça contra a Coluna negando que comanda o jornal; que faz parte do "Projeto Minhoca"; que não tem interesses pessoais na política; e que não foi condenado pela \"\"justiça federal no rolo da dragagem do rio Branco.

Babalaô, bem diferente do que pensa Getúlio - que parece não gostar de coisas ligadas ao candomblé -, não é "pai-de-santo". Babalaô é a entidade pensadora, que antever o que vai acontecer, que é ligada às coisas culturais e da sabedoria. Babalaô, ou xamã, ou líder, ou guru, ou professor, ou mestre, ou oráculo são classificações ou tratamentos que lhe podem ser endereçadas pelos anos em que dita suas opiniões e críticas nas páginas da Folha de B. Vista.

Portanto, qual a ofensa em ser o babalaô, o xamã, o líder, o guru, o professor, o mestre  ou o oráculo do jornal que tem em cartório os filhos como donos, a mulher como chefe de Pessoal, depois que transferiu para eles a posse daquele veículo de comunicação coincidentemente quando o Basa batia à sua porta lhe cobrando dívidas do rolo do Frangonorte, e o rolo da Dragagem do rio Branco andava na justiça federal?

Quem acredita que Getúlio Cruz não apita na Folha de B. Vista?

Já fora do jornal, como quer que a Justiça acredite, Getúlio foi anfitrião da festa dos 25 anos da empresa dos filhos. Está lá na coluna social do jornal a foto principal (ver abaixo), ele e a esposa Nazaré, com os créditos abaixo "Os anfitriões, Dr. Getúlio Cruz e sua esposa Nazaré Cruz ...". Anfitriões são os donos da casa ou da festa, ou os dois.

Outro dia, Getúlio recebeu empresários e investidores em visita a Folha de B. Vista. A foto do encontro está na página 3 do jornal. Os visitantes foram conhecer o jornal e seus donos ou representantes.

Sobre o "Projeto Minhoca", Getúlio se diz atingido pela crítica que lhe fiz.
Esclarecendo o nome "Projeto Minhoca", ele não é de minha autoria, já existe há décadas em Roraima e se trata da velha bronca que os chamados "filhos da terra" - terra, quem vive nela são as minhocas - têm com gente de fora, com aqueles que não nasceram lá. Tanto isso é verdade que um dos motes do discurso de Ottomar Pinto para eleger Neudo Campos em 1994 era que ele entregaria o governo a um filho da terra.

No ano passado, quando Getúlio apoiou e se juntou a Neudo, mais Mozarildo Cavalcanti e Robério Araújo não era o "Projeto Minhoca" em ação?

Com cinco tentativas sem sucesso de obter nas urnas um mandato ora de governador (1990 e 1994), ora de senador (1998 e 2002) e depois de deputado federal, passando nesse período por pelo menos três partidos políticos antagônicos e se unindo politicamente com desafetos e adversários de eleições anteriores, Getúlio nunca teve projeto próprio de poder?

Em 2004, o bablaô da Folha de B. Vista foi condenado pela justiça federal em Boa Vista no rombo da dragagem do rio rio Branco. Rombo esse ocorrido quando ele foi governador biônico do ex-território.

Com o histórico que tem em querer um mandato eleitoral, Getúlio sendo super secretário da Prefeitura de Boa Vista, não pode pleitear candidatura à sucessão de Iradilson Sampaio em 2012?

Quem votasse em Neudo no ano passado não estaria praticamente votando em Getúlio, em Mozarildo e em Robério Araújo?

Getúlio encerra sua petição afirmando: "O Poder Judiciário não pode tolerar condutas como esta, onde sites de notícias são utilizados em período eleitoral para, gratuitamente, denegrirem a imagem de pessoas de bem, como o Querelante (Getúlio), que, cf. já dito, há muito tempo se dedica ao serviço público no estado de Roraima."

É, babalaô, lamentavelmente, a sociedade roraimense nunca reconheceu nas urnas, nas cinco vezes em que disputastes ao governo, Senado e a deputado federal, essa "pessoa de bem" e o "muito tempo de dedicação ao serviço público de Roraima" que tú afirmas ser e ter.

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