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Baixo Rio Branco

Iteraima prepara desenvolvimento da região


Iteraima prepara desenvolvimento da região

nstituto de Terras de Roraima vai desenvolver uma série de projetos destinados ao desenvolvimento da região do Baixo Rio Branco. Neste período de carnaval, técnicos da instituição avaliaram o potencial e as necessidades de dez vilas situadas às margens dos rios Branco e Jauaperi.

Trabalhar com as populações ribeirinhas, valorizando seus conhecimentos e experiências, e ao mesmo tempo, proporcionar  condições de fomentar atividades que gerem renda e trabalho. Esta é a síntese da ação que o presidente do Iteraima, Márcio Junqueira, quer implantar naquela região. “Ficamos afastados do Baixo Rio Branco por um longo período. Agora vamos em busca do tempo perdido. Aquela área é riquíssima. As atividades rentáveis são inúmeras. Terras propícias às culturas do açaí, cupuaçu e pimenta-do-reino , entre outras espécies.  Águas extremamente piscosas, com grande variedade de peixes, como pirarucu, tucunaré, pacu e surubim.  A exportação de peixes ornamentais e o artesanato também vão ser incentivados”, revelou Junqueira.

Presença marcante
Durante dez dias os técnicos do Iteraima viajaram ao longo dos rios Branco, Jauaperi, Negro e Jufari.  Nas reuniões com as comunidades foram escutadas reivindicações e necessidades. Ensino médio e geração de energia confiável foram os itens mais colocados. Na avaliação de Márcio Junqueira, a população do Baixo Rio Branco carece de muito pouco em relação a riqueza em que vive. “O governador José de Anchieta sabe da importância que o Baixo Rio Branco representa para o desenvolvimento de Roraima. Sua localização estratégica e a imensa área territorial – 60% das terras produtivas que nos restaram – tornam aquela área uma das prioridades produtivas no Estado e, por isso, temos que ter ali presença marcante”, acentuou o presidente do Iteraima.

Durante dez dias  a comitiva de técnicos navegou em dois barcos e visitou as comunidades de Santa Maria do Boiaçu, Sacaí, Cachoeirinha, Caicubi, Panacarica,  Samaúma, Itaquera, Remanso, Floresta e Xixuaú. A produção de açaí, um dos motores econômicos dos ribeirinhos, impressionou a todos. Cada vila produz, em média, 300 sacas (60 kg cada uma) por dia. Isto representa que a próxima safra a ser colhida a partir do final do mês supere a casa das seis mil toneladas.

O final da colheita dos grãos do açaí será comemorado em grande estilo. O Iteraima vai realizar a primeira Festa do Açaí do Baixo Rio Branco.  Na parte oficial está prevista a entrega de títulos rurais, reforma e ampliação de escolas, abertura de poços artesianos e a efetiva demarcação das terras do Estado. Hoje, por exemplo, existe uma área problemática em torno do rio Macucaú que faz a divisa de Roraima com o Amazonas. Os índios waimiri atroari já avançaram 15 quilômetros em terras roraimenses, com o avanço ilegal das placas de demarcação da reserva. Isto ocorreu pela ausência do Estado naquela região. Com a efetiva presença do governo, através das polícias ambiental e militar e Iteraima, esta invasão será desfeita. O Iteraima, por sinal, já prepara a instalação de suas sedes avançadas nas comunidades de Caicubi, Itaquera e Xixuaú. Um posto de vigilância ambiental para coibir a pesca clandestina e predatória será montado no encontro do rio Branco com o igarapé Água Boa.

A 1ª Festa do Açaí do Baixo Rio Branco está marcada para o mês de maio. Além de exibir a pujante safra  da fruta, com seus derivados, como a polpa, suco e vinho, a comemoração da colheita também contará com torneios esportivos, exposição de artesanato produzido pelos ribeirinhos e  uma mostra de peixes ornamentais
 

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