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Amazônia

Mozarildo quer plano de desenvolvimento


Mozarildo quer plano de desenvolvimento

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse nesta terça-feira (8) que o governo da presidente Dilma Rousseff precisa criar um Plano Nacional de Desenvolvimento da Amazônia, região com área correspondente a 61% do território nacional. Segundo ele, não se leva em conta que ali habitam 25.469.352 brasileiros, uma população maior que a maioria dos países latino americanos e que não tem uma política que de fato valorize o ser humano.

- É muito importante que nós tenhamos um plano nacional de desenvolvimento da Amazônia, porque, quando se fala em Amazônia, o que se vê na televisão, nos documentários, nas reportagens, é aparecer mata, bichos e, quando muito, índios - apontou.

Mozarildo disse que isso faz com que a Amazônia ainda registre, notadamente na população indígena, casos de doenças consideradas "descuidadas", como tuberculose, hanseníase e oncocercose. O senador observou que essas são doenças que têm tratamento, algumas até com prevenção, mas que ainda imperam na região por falta de uma política adequada.

O senador alertou para o descuido com que são tratadas as fronteiras da Amazônia com outros países, consideradas território livre para o tráfico das drogas e das armas que abastecem o crime nas grandes cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro. Para ele, não é possível pensar em resolver alguns problemas nacionais sem cuidar da Amazônia.

- No mínimo, eu considero uma enganação, para não dizer outra palavra mais forte - afirmou.
Lembrando que já presidiu a Subcomissão da Amazônia e até o ano passado a Subcomissão Permanente da Amazônia e da faixa de fronteira, Mozarildo disse que nesse período foi feito um diagnóstico com o objetivo de apresentar um projeto criando o Plano Nacional de Desenvolvimento da Amazônia. Foram ouvidas 20 autoridades da região, tais como o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ministros de estado.

- Para quê? Para fazer um diagnóstico a partir do sentimento e da inteligência daqueles que estão na Amazônia. Porque nós estamos cansados, na Amazônia, de receber receitas e propostas que são fabricadas por amazonófilos, mas não por amazônidas. Isso provoca uma distorção que não ajuda a população da Amazônia. Nós temos uma população indígena na Amazônia de 206 mil índios. No entanto, sequer para os índios existe uma política de valorização do ser humano - protestou.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse, em aparte, que estará ao lado de Mozarildo na defesa da Amazônia e dos seus habitantes, para transformar a região na mais rica do planeta e levar qualidade de vida à sua população. "Tenho certeza de que a saída para o Brasil e para o mundo está na nossa região. Basta que a gente invista em pesquisa, em ciência, em tecnologia, transformando as nossas riquezas em produtos com valor agregado", salientou.

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