- 26 de novembro de 2024
Roraima não tem registro de cólera
A Secretaria Estadual de Saúde Roraima (Sesau) não tem, até o
momento, nenhum registro de casos de cólera. Desde o segundo semestre
do ano passado que a Sesau, por meio da Vigilância em Saúde emite
alerta aos municípios, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades
hospitalares sobre os riscos da introdução da doença aqui no Estado.
A medida foi tomada devido à copa do mundo que ocorreu na África,
continente no qual são comuns casos de cólera, e ao surgimento da
doença no Haiti e outros países da América. Segundo a técnica do
Núcleo Estadual de Controle das Doenças de Transmissão Hídrica
Alimentar, Teonília Loula, entre 2009 e 2010, houve um surto da doença
em Pernambuco. “Os profissionais de saúde detectaram que a
contaminação estava na água que os moradores consumiam”, lembrou.
Segundo ela, a cólera é uma infecção causada pela falta de higiene,
principalmente da água. Por isso, Teonília recomenda que em caso de
viagens, a pessoa deve beber água apenas de procedência conhecida.
Caso exista dúvida, a água deve ser tratada com hipoclorito de sódio.
Os frascos estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e
também são entregues pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nos
domicílios visitados. Além da água contaminada, a falta de saneamento
básico, o consumo de água e alimentos contaminados estão entre as
principais formas de contaminação da doença.
A bactéria Vibrio cholerae que causa a doença cólera produz uma
toxina que desencadeia diarreia aquosa indolor e vômito podendo levar
a desidratação grave e à morte se não receber o tratamento adequado. A
gerência do Núcleo das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentares dá
algumas dicas para os viajantes entre Brasil e áreas afetadas, para
evitar a cólera e outras doenças transmitidas por alimentos:
- Beba água e gelo apenas de procedência conhecida;
- Evite o consumo de alimentos crus e mal cozidos, especialmente frutos do mar;
- reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados;
- Para alimentos cozidos que serão consumidos posteriormente,
refrigerá-los até duas horas após o preparo;
- Evitar comidas vendidas por ambulantes;
- Lavar as mãos com frequência e,
- Ao retornar para o Brasil, fique atento durante 15 dias a qualquer
sinal ou sintoma da doença e informar detalhadamente ao médico o
roteiro de viagem.