Roraima

Anchieta Júnior toma posse

O governador reeleito, Anchieta Júnior, e seu vice, Chico Rodrigues, tomam posse às 9h30 de hoje (1º) na Assembleia Legislativa de Roraima, com discurso de união pelo desenvolvimento social e econômico do Estado.

“Esperança, prosperidade, gratidão, sucesso, alegria. Vamos nessa direção, lembrando sempre que cabe às autoridades públicas trabalhar à frente do seu tempo. Devemos estar atentos e nos antecipar aos fatos”, disse o governador.

Ele conclamou as forças políticas para trabalhar em conjunto, unidos, “independente de outras questões secundárias”, em prol do Estado. “Somos aliados de um mesmo projeto, de uma mesma causa desenvolvimentista, de construção de um lugar melhor para se viver.

Segundo Anchieta, Roraima é um Estado em construção e ele quer “rodovias de boa qualidade, energia confiável, educação de alto nível, saúde pública à altura das necessidades da nossa gente, promoção humana e assistência social aos menos favorecidos”.

Anchieta, em seu discurso de posse, lembrou sua origem simples, no sertão nordestino e também da história de Ottomar, a quem sucedeu em 14 de dezembro de 2007. Ele concluiu dizendo que “não basta discursar. Temos que fazer. Temos que construir. Temos que transformar sonhos em realidade. A vida não é fácil para quem, na sua missão, tem que transpor barreiras, superar obstáculos”.

Anchieta foi empossado governador pelo novo presidente da Assembleia Legislativa, Chico Guerra. Às 7h50 começaram as solenidades de posse dos novos deputados estaduais eleitos e reeleitos e da eleição e posse da nova Mesa Diretora da Casa.

A solenidade foi prestigiada por diversas autoridades, incluindo os senadores Romero Jucá e Augusto Botelho, além de deputados federais, juízes, conselheiros e militares. Anchieta teve seu discurso interrompido várias vezes pelos aplausos dos presentes, que lotaram as dependências da Assembleia Legislativa de Roraima no primeiro dia de 2011. Após a posse, o governador viajou para Brasília para participar da posse da primeira presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.

Perfil do governador José de Anchieta Júnior
José de Anchieta Júnior nasceu em 1965, em Jaguaribe (CE). Formado em Engenharia Civil desde 1988, pela Universidade Federal do Ceará, transferiu-se para Roraima em 1991, onde fixou residência. Foi eleito vice-governador pelo PSDB em 2006 na chapa encabeçada pelo brigadeiro Ottomar de Sousa Pinto, falecido em 11 de dezembro de 2007.

Com a morte do titular, José de Anchieta Júnior assumiu o posto de Governador do Estado de Roraima. Criativo e empreendedor, Anchieta Júnior sempre se destacou como uma liderança, atuando de forma determinada. Desde cedo assumiu grandes responsabilidades e projetos que marcaram sua vida profissional.

Recém-formado em Engenharia Civil exerceu sua profissão em Fortaleza (CE), antes de instalar sua empresa em Boa Vista (RR). Durante 14 anos executou grandes obras de pavimentação, saneamento básico, importantes obras civis em todos os municípios de Roraima, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

Seu primeiro cargo público foi como secretário de Estado da Infra-Estrutura, em 2004. Chegou a assumir temporariamente a Secretaria de Estado da Articulação Municipal. Durante o período de 18 meses de gestão à frente da Secretaria da Infra-Estrutura - Seinf, José de Anchieta Júnior contribuiu de forma expressiva para o crescimento de Roraima.

Esteve à frente dos projetos de asfaltamento de rodovias federais e estaduais, recuperação de mais de quatro mil quilômetros de estradas vicinais. Colaborou também na reforma de hospitais no interior e na capital, de prédios públicos e escolas, núcleos policiais e centros de apoio ao agricultor em todo Estado.

Foi presidente do Conselho Rodoviário Estadual e membro do Comitê Gestor para Assuntos Fronteiriços. Apesar de não ter família de origem política, Anchieta, através de sua experiência, acredita no potencial de Roraima e entende que pode contribuir muito para a sua independência econômica.

Principais atividades
Efetivamente, Anchieta assumiu o governo em 14 de dezembro de 2007 e imprimiu seu próprio estilo de governar. Tendo postura firme diante da questão que envolve a área indígena Raposa Serra do Sol, o governador sempre pregou o entendimento entre índios e não-índios. Foi por sua determinação que uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal suspendeu a Operação Upatakon 3 através de uma liminar.

Antes, porém, o governador trabalhou pela integração entre o Estado e o governo de Bolívar, na Venezuela, tendo como objetivo principal melhorar a integração entre os dois países. Anchieta faz gestão para que tanto brasileiros como venezuelanos possam ir e vir nos dois países e não ter a necessidade de utilizar o passaporte.

Os funcionários públicos do Estado foram valorizados pelo governador que, sensível às solicitações, concedeu reajuste salarial a todas as categorias profissionais do quadro estatal.

Os professores tiveram uma atenção especial por parte do governador Anchieta Júnior que assinou, com o Banco do Brasil, um convênio permitindo aos profissionais de Educação que eles comprem computadores com financiamento especial através desta instituição financeira.

A BR 174, estrada que na realidade integra Roraima ao restante do Brasil, receberá recursos para a sua recuperação total. Através de entendimento com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura, a estrada, em todo seu trecho no Estado, será recuperada até o começo de 2010.

Outro convênio assinado pelo governador foi com a Rede Globo e a Federação das Indústrias de São Paulo que permitirá a educação profissional aos jovens.

O setor da agricultura é uma das preocupações do governador. Anchieta tem ampliado o trabalho desta secretaria e atualmente empreende esforços no sentido de imunizar todo o rebanho bovino de Roraima contra a febre aftosa.

Os moradores do Baixo Rio Branco têm atenção especial. A partir de agora, eles terão transporte fluvial regular entre Santa Maria do Boiaçu até Caracaraí, permitindo que as pessoas do Sul tenham mais possibilidade de se deslocar para outras regiões. Aliás, as comunidades de Santa Maria, até a divisa com o Amazonas estão recebendo atendimento especial de saúde, com o deslocamento de profissionais que promovem a Medicina Preventiva.

Perfil do vice-governador Chico Rodrigues
O vice-governador Francisco de Assis Rodrigues nasceu em Recife, capital do estado de Pernambuco, no dia 23 de abril de 1951.  Formou-se em Agronomia pela Universidade Rural de Pernambuco, em 1975. Especializou-se em Desenvolvimento Rural e Urbano pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e em Extensão Agrícola e Desenvolvimento Rural, na Itália.

É casado com Selma Maria Ferreira Rodrigues e tem três filhos. Começou a vida pública como vereador em Boa Vista (RR) de 1988 a 1991. De 1991 até 2011 venceu sucessivas eleições para o cargo de deputado federal por Roraima. Sua primeira filiação foi no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e está filiado ao partido Democrata (DEM) desde fevereiro de 1999.

Exerceu inúmeras atividades partidárias, entre elas a de presidente do Diretório Regional do DEM, que assumiu em outubro de 2003 e permanece na função até o momento. Ocupou cargos públicos no estado do Mato Grosso, em Pernambuco e em Roraima. Entre as funções que desempenhou aqui estão a de diretor da Escola Agrotécnica, em 1985, e coordenador estadual da Comissão de Planejamento Agrícola, em 1985.

Em sua vasta experiência como parlamentar, exerceu diversas atividades, participou de missões oficiais no exterior e foi membro de comissões importantes. Recebeu incontáveis condecorações nacionais e internacionais, entre elas, a da Ordem do Mérito Guararapes, que recebeu do Governo de Pernambuco, em 1982; Medalha de Pacificador, concedida pelo Ministério do Exército em 1991, e Medalha “Imperador Dom Pedro II”, concedida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, em 2001.

Entre os projetos de lei apresentados pelo então deputado Chico Rodrigues, estão o 7301/2006 que dispõe sobre a exploração de recursos minerais em terras indígenas, e o 7229, também de 2006, que isenta consumidores residenciais, cuja renda per capita mensal não ultrapasse R$120,00, do pagamento pela energia elétrica consumida, até o limite de 80 kwh mensais.