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Papai Noel ou Satanás?


Papai Noel ou Satanás?

Por: V. Neto

Já estávamos habituados com os comuns desfechos dos anos roraimenses, mas ultimamente as coisas caminham para uma atipicidade estrondosa.
É verdade! Antigamente conseguíamos concluir os anos pelo menos com nossos espíritos repletos de paz, de prosperidade, de fraternidade e todas aquelas coisas boas que nos cercavam nesse período – acredito que sim - mesmo depois de um interminável ano de uma política vexatória, que sempre caía no esquecimento no ano subseqüente.
De alguma forma obtínhamos forças e terminávamos os anos com um sorriso nos rosto e um abraço sossegado em alguém especial. Vai ver era a presença do espírito natalino em nossos corações, ou a presença do sentimento da mudança que nos vinha com a virada do ano ou até mesmo a presença do que ainda restava do 13º em nossas contas, enfim, no final tudo acabava bem.
Só que neste ano a realidade é outra! O nosso papai Noel deve ter confundido o natal com o Dia das Bruxas e veio fantasiado de Satanás. Isto porque depois de um ano marcado por eleições milionárias, por atrasos no pagamento de salários, fomos presenteados com uma cidade na lama, e no sentido literal da palavra. Basta alguns pingos de chuva para transformar a Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, a Av. Capitão Júlio Bezerra, ou o próprio Bairro dos Estados, por exemplo, em verdadeiras pocilgas, tudo isto devido às obras intermináveis e mal planejadas que ali estão sendo executadas.
Ganhamos também um moderníssimo parcelamento nos nossos 13º salários, cujas parcelas também foram pagas com atraso e, como se não bastasse, ainda cogita-se a criação de mais duas novíssimas taxas no Detran, tudo isto sem prejuízo do aumento de 18% dos valores referentes aos serviços já existentes naquele órgão. Eita papai Noel malvado!
Em síntese a regra era a seguinte: um ano ruim terminava bom para iniciar outro ruim. E agora? Será que um ano ruim que termina péssimo inicia outro bom? Duvido!
A falta de vergonha da política deste Estado está atingindo proporções tão desesperadoras que acaba transformando uma época marcada pela paz e urbanidade entre as pessoas em um período qualquer na vida de nós roraimenses, um período exaustivo com a sensação de que estamos predestinados a viver em um circo onde os palhaços somos nós.

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