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Crônica do Aroldo

Aqui, até boi voa


Aqui, até boi voa
 
Todo mundo sabe que muitos gerentes de banco torcem para ter suas agências assaltadas. Uma maneira de acertar desfalques dados em caixa. Interessante é que, se os assaltantes são capturados, os números nunca batem. Por exemplo: o banco diz que levaram 500; os bandidos dizem que só roubaram 300; e a polícia só localiza 50. Enfim, numa história dessas, só o ladrão sai roubado.
Em Boa Vista, a morte de um bandido – suspeito de ter participado em assalto a estabelecimento bancário - de onde levaram R$ 120 mil – nos leva a constatar que parte dessa história se repete. A companheira do delinquente declara que ele chegou em casa com algumas armas e uma sacola cheia de dinheiro. Durante os minutos que se passaram entre e chegada do rapaz e ação policial, a bolsa e o dinheiro sumiram.

Isso de mexer com dinheiro em nossa cidade está virando piada e faz-nos lembrar de "O impossível acontece", coluna interessante na extinta revista O Cruzeiro. Vejam.

Há alguns anos, um avião, por falta de combustível, fez aterrissagem forçada na região do rio Murupu. Nele, uns malotes continham cerca de R$ 3,5 milhões em dólares e euros. Até hoje ninguém sabe de quem é o dinheiro. Nem o avião.

Há poucos dias, durante perseguição feita pela Polícia Federal, um pacote com R$ 100 mil foi jogado pela janela de um veículo. Como se fosse maldição, ninguém assume a propriedade da grana.

Agora, desaparece o dinheiro do assaltante morto pela polícia.

Parafraseando Ottomar Pinto - que parafraseava Maurício de Nassau: "Aqui, até boi voa".

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