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Eliéser Monteiro

E defesa do Gal. Penha Brasil


\"\"Em defesa do Gal. Penha Brasil

Ao ler a Crônica do Aroldo publicada no Fonte Brasil,  com o título General Paraquedista, não pude deixar de sentir uma profunda tristeza pela tentativa, certamente involuntária, de depreciar a memória de um militar que orgulha uma das tropas mais especializadas do Exército Brasileiro, o General Penha Brasil.

Principalmente pelo fato de que a palavra clássica “paraquedista” foi associada de forma pejorativa, ao comparar um servidor do Estado brasileiro com uma pessoa que chega de uma forma surpreendente e se beneficia de uma situação. Sei que não foi um termo criado pelo ilustre jornalista e amigo, Aroldo Pinheiro, mas lamento a forma como associou os dois significados de uma mesma palavra. Coisas do nosso idioma, que permite entendimentos tão diversos para uma mesma palavra..

Mais ainda, a pergunta feita ao questionar o que ele havia feito por Roraima não foi muito justa. Para tal, basta que analisemos em relação às outras ruas, não somente de Roraima, mas de todos os demais Estados do Brasil. Certamente, muitos dos casos de homenagens não associam o homenageado a feitos em relação somente ao Estado ou ao Município.

O questionamento deveria ser feito à Câmara de Vereadores de Boa Vista, para saber do momento vivido quando da proposta e aprovação do nome do Gen Penha Brasil para uma das ruas da cidade.

Lamentei bastante a tentativa de associar os termos, pois do que sabemos em relação ao Gen Penha Brasil, foi o fato de ter sido um “paraquedista militar”, um dos  comandantes da tropa de soldados paraquedistas do Exército Brasileiro, listado dentre os pioneiros, e que emprestou seu nome ao Centro de Instrução de Paraquedistas, Unidade Militar das mais respeitadas em todo o mundo.

Espero que essas ideias sejam bem tratadas pelos leitores, no resguardo da memória daqueles que nos antecederam, pois afinal de contas quem não tem história, não tem passado e dificilmente terá um futuro.

Assina o desabafo o general “paraquedista militar” Eliéser Girão Monteiro Filho, que com muito orgulho serviu durante quase  seis anos em organizações militares de Roraima, e resolveu morar em Boa Vista depois de passar para a reserva, por acreditar nos valores do povo roraimense em prol de um Brasil melhor para todos.

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