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Aroldo Pinheiro

Camundongos, xô!


Camundongos, xô!

Ottomar precisava de um vice. Dentre políticos à sua volta, escolheu o mais inexperiente. Pensando-se imortal, ou “imorredouro”, ou, digamos, um pouco mais longevo, ele queria um vice que fosse sempre vice. Uma pessoa que não passasse de figura ilustrativa.

Com a morte do brigadeiro, o substituo assumiu o cargo. Compromissos e pessoal do morTo também vieram no pacote.

Dois anos de governo. Dois anos de incertezas causadas por ações na Justiça. Ações herdadas de Ottomar. Em dezembro de 2009, livre da ameaça de cassação, o novo governador começou a governar. Começou a mostrar a que veio.

Política desfaz amizades e acordos. Honrando interesses de órfãos de Sousa Pinto, o governador viu-se obrigado a romper com quem se dispunha a apoiá-lo politicamente.

Nem bem amanhecera o 4 de outubro e candidatos a cargos estaduais e federais, derrotados, outrora aliados de Anchieta, agiram como ratos e abandonaram o barco. Em busca de proteção,  antevendo possível vitória da oposição - e, claro, um naco de queijo -, pularam para o outro lado.

Em disputa acirrada, de maneira nunca vista em Roraima, Anchieta, o governador, reelegeu-se. Aos camundongos restam dois caminhos; ou fazem um mea culpa e se arrastam aos pés do vencedor, barganhando cargos e vantagens, ou tentam mudar o quadro político no tapetão.

José de Anchieta há de fazer boa administração. Uma administração só sua, livre dos roedores o abandonaram. 

Parabéns, governador. Que Deus lhe dê sabedoria para dirigir os rumos de Roraima. Parabéns, roraimenses, pela aprovação no teste de Democracia.

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