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FRANCISCO ESPIRIDIÃO

O pulso ainda pulsa!


O pulso ainda pulsa!

Estamos a cinco dias da hora da onça beber água. O que tem de candidato com o juízo pegando fogo não é brincadeira. A essa altura do campeonato, parece que vale tudo. Estouram por todos os lados notícias de candidatos carregando malas de dinheiro para comprar as consciências dos inconscientes.

Até mesmo aqueles que, sabidamente, nenhuma condição exibem para representar sequer a própria casa posam de paladinos da justiça e lídimos agentes da ética e dos bons costumes. Verdadeiros lobos em pele de cordeiro. Passam por cima de tudo e de todos em busca de uma vaga que possa, ainda que veladamente, dar-lhes status de estadista.

Muito bem. Parafraseando Lula, faço aqui uma metáfora futebolística: no domingo, sejamos bons zagueiros, impedindo que essa turma da pesada faça seus gols. Precisamos ser mais politizados no sentido de escolher homens e mulheres de bem, que tenham nome limpo e que quando levantarem a voz contra a bandalha não se vejam repreendidos pelo seu passado.

Nada contra o profissional do humor Francisco Everaldo Oliveira Silva, mas tudo contra o dublê de político Tiririca. O que ele está fazendo, com o seu slogan, é escárnio à verdadeira política. Dizer que se votar nele "pior não fica" é blefe da melhor qualidade. Fica, sim! Este país ainda tem muito a piorar. Voto não é brincadeira. É um direito a ser exercido com segurança e responsabilidade.

A campanha que recomenda dar uma volta na urna é equivocada. Quando se anula o voto, dá-se carta branca a descompromissados, para que tripudiem sobre todos. Democracia se faz também com o voto. Voto em gente que grite, que esperneie, que não aceite imposições, venham elas de onde vierem.

Candidato bom é aquele que cai atirando nas injustiças, na corrupção, feito Márcio Junqueira, Júlio Martins, Coronel Mamed e outros. Gente resiliente, que não se dobra ao sabor do vento. Que não tem medo de pôr a cara para bater. Votar por votar é um desserviço à nação.

Se agirmos como Diógenes, com certeza encontraremos gente de confiança. Pensar que todos são farinha do mesmo saco é o caminho mais curto para a perpetuação da mesmice. Vamos lá, o pulso ainda pulsa! Ao voto!


Francisco Espiridião é Jornalista

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