00:00:00

Crônica do Aroldo

Perna fina neles


Perna fina neles

Depois do telejornal, surge o primeiro: "Caro eleitor, obrigado por me receber em sua casa..." Receber? Eu? Você está invadindo meu lar, caro candidato... Você não sabe o tanto que eu torço para que sua cara desapareça de minha frente.

Uma musiquinha, um efeito e aparece nova figura: "Sou candidato pela primeira vez..." E eu com isso? Por mim, você não seria candidato nunca.

Próximo: "Sempre trabalhei com doentes..." Claro, meu irmão. Você escolheu a profissão de enfermeiro pra quê? Pra trabalhar com meninas de programa?

Mais um: "Sou doido, mas não sou ladrão..." É. Tudo bem. Antigamente, no Legislativo tinha uma cambada de ladrões. Hoje, eles estão se mesclando com doidos. Você já comeu merda? Já rasgou dinheiro? Doido sou eu que fico assistindo a essas leseiras...

Outros, apeados do poder, querendo voltar: "Fui deputado federal (ou estadual, ou senadora) e, peço, mais uma vez, o seu voto de confiança..." Ó, meu irmão, se você ocupou o lugar e não conseguiu mantê-lo é porque o povo descobriu quem você é. Como diria minha mãe: "vá procurar uma lavagem de roupa".

De repente, alguém pede votos para alguém: "Vou votar no doutor fulano porque minha mãe pediu". Quem é sua mãe, meu filho? A quem interessa o pedido que a velhinha fez? Tem coisas em que não se deve colocar mãe no meio. Política é uma delas.

Pra encerrar, aparece Sebastião Perneta correndo atrás de votos. É isso aí, Sebá: perna fina neles!
 

Últimas Postagens