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EDITORIAL

Um enfadonho teteretê


Um enfadonho teteretê

A campanha eleitoral, finalmente, será deslanchada hoje, com o horário eleitoral gratuito nas rádios e TVs. Deve ser momento decisivo para mostrar quem é quem. A partir de agora, as verdadeiras intenções serão alarmadas, sem máscaras, como óleo na água. Não haverá mais subterfúgios quanto à personalidade de cada candidato.

Será o momento em que o pretendente falará de peito aberto, olhando olho no olho do eleitor, sobre os principais assuntos a afligir a sociedade. Por exemplo, o que cada um terá a falar sobre a saúde pública e o que pretende fazer para melhorá-la?

Aqui não vale bravatas. O povo é gato escaldado. Já não aguenta mais a verborragia recorrente. Quer ouvir de cada candidato o que pretende fazer, no duro. Feitos que mostrem diferença no esbulhado cenário em que se encontra o cidadão e a cidadã, especialmente, aqueles desfavorecidos por natureza.

Isso é sério. Não à toa, o mosquito da dengue, sozinho, vem derrotando os principais candidatos ao Palácio Senador Hélio Campos – Neudo Campos, que ocupou o cargo por mais de sete anos, e José de Anchieta, que, parece, já tomou gosto no posto.

Tanto um como o outro têm responsabilidades pelos inúmeros casos de dengue a grassar a população. Anchieta porque é governador. Neudo porque tem a mulher imposta por ele como vice-prefeita de Boa Vista ao lado do prefeito Iradilson Sampaio.

Daqui deste Fontebrasil vimos alertando, não de hoje, quanto às causas. No dia 23 de março, por exemplo, divulgamos matéria chamando a atenção para a falta de recolhimento de lixo domiciliar. O lixo acumulado é um dos agentes de proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença.

Comprovadamente, o setor da saúde é o mais sensível ao eleitor. Por isso, deve ser explorado na propaganda gratuita. Espera-se, no entanto, que ocorra sem grande menosprezo à inteligência do eleitor. Acusações sobre os ombros do governo podem chover, mas é bom lembrar que o passado também é história.

Hoje, os pais dos 32 bebês recém-nascidos durante o governo Neudo Campos ainda choram a morte de cada um deles, ocorrida no berçário da maternidade pública. A mesma em que, no mesmo período, nascera o primeiro-neto daquela autoridade responsável. Em um apartamento, diga-se, construído especialmente para receber tão ilustre hóspede.

Por essas e outras, a campanha no rádio e TV pode ser revestida de certa brandura a justificar considerável economia de energia elétrica no período, nos lares boa-vistenses. O enfadonho “teretetê de pé de orelha” poderá incitar o desligamento dos aparelhos. A conferir.

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