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Ficha Limpa no TSE

À espera do time titular


À espera do time titular

Diego Abreu


  • Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press - 22/6/10
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    Dias Toffoli é contrário à aplicação da Lei da Ficha Limpa nestas eleições
     

    Diante do risco de haver uma reviravolta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Lei da Ficha Limpa sofrer uma derrota em plenário, o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, ainda não decidiu se levará a julgamento hoje o primeiro caso concreto que envolve a aplicação da regra. Nos bastidores, fala-se que Lewandowski só vai colocar a ação em análise se o tribunal estiver com sua composição titular completa de sete ministros. O motivo seria o mesmo que o levou a pedir vista do processo na última quinta-feira: o temor de que os ministros substitutos se juntem ao entendimento de Marco Aurélio Mello e Marcelo Ribeiro e derrubem a validade da lei para estas eleições.

    O caso em questão é um recurso apresentado pelo deputado estadual Francisco das Chagas Alves (PSB-CE), que teve o registro negado no Ceará. O relator, Marcelo Ribeiro, se posicionou a favor do pedido, ao alegar que a Lei da Ficha Limpa só poderia entrar em vigor em 2011. Em junho, o TSE respondeu, por seis votos a um, que a lei teria validade imediata. Na ocasião, Ribeiro havia acompanhado o voto da maioria.

    Na lista de substitutos que podem mudar o cenário da Ficha Limpa no TSE estão os ministros José Antonio Dias Toffoli, que já se manifestou contra a aplicação da lei neste pleito. Na última sessão, ele esteve no lugar de Cármen Lúcia. Os auxiliares Henrique Neves e Joelson Dias, substitutos de Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani também poderiam desequilibrar em um possível julgamento, pois suas posições sobre a lei ainda são desconhecidas. Até o voto do próprio ministro Versiani, que é titular, ainda é uma incógnita, pois, em junho, ele fez ressalvas antes de votar na consulta sobre a nova lei. Marco Aurélio foi o único vencido.

    “Costumo dizer que colegiado é sempre uma surpresa, mas não acredito que haja uma mudança, pois o escore na consulta respondida em junho foi acachapante”, disse Marco Aurélio Mello. O ministro defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) se debruce sobre a questão antes das eleições, pois avalia que há risco de que candidatos sejam eleitos e depois acabem impedidos de tomar posse. “Essa indefinição cria uma insegurança.”


     

    Essa indefinição cria uma insegurança”
    Marco Aurélio Mello, ministro do TSE

     


    O número
    68
    Número de candidatos nesta eleição que têm mais de 79 anos


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