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EDITORIAL

O “Rouba, mas faz” deve ficar no passado


O “Rouba, mas faz” deve ficar no passado

A campanha política em Roraima segue seu curso normal, à espera do momento em que os candidatos poderão expor suas “caras” na telinha. Lá, serão dados os nomes aos bois. Quem tiver bala na agulha terá a oportunidade de desenhar o definitivo quadro do pleito, levando o eleitorado a decidir quem serão de fato os seus governantes pelos próximos quatro anos.

Será exatamente esse o momento em que o eleitor poderá estabelecer com segurança o que pretende e espera para o futuro próprio e o dos descendentes. Sem dúvida, momento de extrema responsabilidade a pesar sobre os ombros do eleitor. Votar errado será motivo de agruras e de decepções por anos a fio.

É hora de por uma pá de cal sobre a descrença institucionalizada no sistema político da nação. Hora de acabar com a máxima Adhemarista (erroneamente creditada a Paulo Maluf, ex-governador e atual deputado federal por São Paulo) do “Rouba, Mas Faz” que tanto mal fez a este país.

É chegado o tempo em que, dependendo do eleitor, poderá haver uma renovação das figuras representativas do povo, força máxima da democracia, segundo a definição do presidente americano Abraham Lincoln (1809 – 1865): “o governo do povo, pelo povo, para o povo”.

Do modo que se vê hoje, esta máxima está mais para “o governo do povo (os líderes são retirados do meio do povo, a exemplo do presidente Lula), pelo povo (é o povo quem os coloca no pedestal), mas não para o povo (o povo só é gente na hora de votar, no mais é mero coadjuvante)”.   

O momento atual é de todo eleitor mostrar exacerbada indignação com as velhas e imorais raposas, que veem como a coisa mais natural do mundo ser denunciadas por rasgarem a lei eleitoral, achando que o conserto estará, facilmente, lá na frente. Conserto, invariavelmente, à base de subterfúgios do tipo “Ah, eu não sabia!”.

Achar que todo o processo eleitoral se restringe a por nos postos de comando quem já demonstrou queda para o esbulho da “res publica” só porque já “fez” e poderá tornar a “fazer” é reduzir o poder do voto a uma moeda de troca sem qualquer valor. É pura insensatez.

Enfim, urge a instalação de um novo paradigma. O tempo do “rouba, mas faz” deve hibernar nas densas regiões do passado até se desfazer, feito o inerte material biológico atirado ao pó da terra.

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