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EDITORIAL

A força das redes sociais


A força das redes sociais

A revista Veja desta semana (n° 2170 - 23 de junho de 2010) traz como matéria especial um interessante assunto com o título “O pássaro que ruge”. Trata-se da fofoca, uma velha conhecida da humanidade. Não a fofoca santa, aquela que não traz consequencias aos envolvidos. E sim, aquela ferina, que provoca, entre outros, graves prejuízos morais.

A difusão, aqui, não se dá aos moldes antigos, de ouvido a ouvido. Tem como veículo máquinas maravilhosas dotadas de alta tecnologia – computador, celular e tablets de todo o planeta. Pela primeira vez na história, interconectados por uma rede – a internet. Todas se comunicando na mesma linguagem, sem incompatibilidades nem fronteiras.

Essa nova linguagem chama-se Twitter, que tem como marca maior a força da comunicação, a ponto de difundir mundialmente uma campanha que diz respeito tão-somente a nós, brasileiros, a exemplo da “Cala boca Galvão”, encetada contra o narrador de esportes da Rede Globo de Televisão.

Esse mesmo Twitter, em seus ínfimos 140 toques, tem servido de grande ferramenta para debates e discussões de assuntos diversos de interesse da sociedade, e em especial dos colegas da imprensa roraimense.

Não à toa, dois deles já foram condenados com base no que afirmaram na rede social. A condenação gerou a maior discussão já vista em Roraima, contrapondo, de um lado, a sagrada liberdade de expressão, e, de outro, a famigerada censura. Pelo visto, ainda há muito que se amadurecer nas redações quanto a esses dois conceitos.  

Afirmativas no Twitter mobilizaram até o sindicato dos jornalistas, o Sinjoper, entidade representativa que tem passado sempre ao largo dos problemas mais sérios e urgentes da classe, como o piso salarial (há mais de 10 anos o mesmo), a falta de isonomia entre assessorias de imprensa e consultorias jurídicas e os calotes de empresários que fecham jornais e não pagam os jornalistas.

Pode-se dizer mesmo que o Twitter e outras que formam as redes sociais vêm ganhando força na sociedade. Não será nenhum exagero dizer que elas farão parte do processo eleitoral de forma crítica e vigilante, independente das paixões e ódios que muitos colegas possam nutrir pelos políticos do estado. Esperar para ver.

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