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Francisco Espiridião ()

Sem maniqueísmo, mas uma boa reflexão


Sem maniqueísmo, mas uma boa reflexão

Cinco milhões de evangélicos marcharam para Jesus, em São Paulo. Foram quatro quilômetros de percurso da Estação Tiradentes até a Praça Campo de Bagatelle. Nenhum incidente, segundo confirmou a Polícia Militar de São Paulo (G1 - Globo).

Em Boa Vista, numa festinha boba que não deve ter reunido sequer 1.000 pessoas (estou sendo bastante otimista), dois crimes bárbaros na madrugada de domingo para segunda-feira (31/5): um adolescente morto e outro ferido gravemente, a tiros.

Aí, vem-nos à mente alguns motivos para reflexão: primeiro, o que faziam dois adolescentes livres, leves e soltos, perdidos na madrugada de Boa Vista?

Segundo: por que os pais não exigiram que eles estivessem em casa, dormindo, em segurança, àquela altura? Terceiro: não é mais proibida a presença de crianças e adolescentes nesses ambientes altas horas? Com a palavra o Conselho Tutelar.

Quarto e paro por aqui: acabar com as festinhas seria a saída? Particularmente, nessa eu quero meter o meu bedelho. Minha resposta é categórica: não, necessariamente!

Afinal, todos têm livre arbítrio e sabem o que querem para suas vidas. Uma alternativa é cultuar o nome de Jesus na marcha em seu nome pelas ruas, num templo ou mesmo em casa. Afinal, creio, Ele é digno de toda honra e glória.

Mas, também, todos estão livres para se esbaldarem, perdidos na buraqueira. Quem enveredar por essa segunda opção, no entanto, precisa saber a que está se expondo.

Não devia ser assim, porém, invariavelmente, no mundão muitos extrapolam as regras de convivência social, a ponto de cometerem descalabros que tantas dores e angústias causam aos semelhantes.

A escolha é livre. As consequencias, nem tanto.

Alea jacta est!

(*) Jornalista, autor de Até Quando? (2004) e “Histórias de Redação” (2009); email [email protected]; blog: www.franciscospid.blogspot.com.
 

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