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EDITORIAL

A difícil batalha contra a dengue


A difícil batalha contra a dengue

Não é novidade para ninguém que Boa Vista vive hoje uma das mais graves epidemias de dengue. Autoridades locais do setor da saúde, conservadoras que são, por motivos óbvios não alardeiam o fato. Não é exagero dizer que alguns já perderam a batalha da vida frente ao Aedes aegypti.

É claro que o país que fabrica e vende aviões e grandes navios, como o recém batizado pelo presidente Lula, construído no estaleiro do Porto de Suape, em Pernambuco, não deveria mais sofrer as agruras provocadas por tão insignificante inseto. É coisa incompatível. O Primeiro Mundo convivendo com o subdesenvolvimento.

Mas, voltando a Boa Vista, é todo ano a mesma ladainha. O anúncio de deflagração de campanha para combater os efeitos da dengue na população já virou notícia programada. A deste ano começou ontem (27), com 190 pessoas entre agentes de endemias e militares do Exército. Vão visitar os 51 bairros de Boa Vista.

Depois que muita gente ficou acamada e até mortes aconteceram, vem a ação preventiva por parte da Prefeitura. Isso se repete há mais de 10 anos. É, portanto, de se perguntar: quando a lei e a justiça serão cumpridas em relação a crimes de responsabilidade administrativa?

Ora, cabe ao município o combate dessas doenças. Todos os anos são destinadas verbas com esse propósito, e todos os anos a imprensa noticia a mesma coisa: epidemia e mortes.

Quem acompanha o noticiário das últimas semanas, principalmente o da TV, vai se lembrar das reportagens sobre a dengue, das pessoas atingidas, dos principais focos e locais de proliferação, entre outras peculiaridades.

É claro que em todo o processo há uma boa participação da população, que precisa se conscientizar quanto às formas de se evitar a proliferação dos criatórios. Mas as ações institucionais precisam se antecipar aos fatos e não correr atrás dos prejuízos.

Afinal, dengue é a única coisa que não precisa fazer parte do calendário social anual de Boa Vista. Já que recursos públicos são previstos, que o Ministério Público Estadual (MPE) esteja atento quanto a tempestividade de sua aplicação. A população de Roraima merece.

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