Manoel Lima

Morre o amigo dos amigos

Eusébio Maia está morto. Parte assim um dos filhos de Roraima mais ilustres, se não o mais ardoroso defensor dos interesses da sua amada terra. Determinado com as coisas que entendia ser honestas e sérias, foi um trabalhador incansável, mas sem negar as suas origens de homem que nasceu pobre e que se projetou no mundo empresarial de Roraima como um exemplo a ser seguido. Era um macuxi de boa cepa!

Seus negócios hoteleiros nasceram de sua determinação atávica, que se tornaram um marco para a cidade. Ele entendeu, nos idos da década de 60, ainda na boléia de um velho caminhão que “puxava” seixos para algumas poucas obras do governo do antigo território, que a sua amada Boa Vista precisava ter mais um hotel, digno de hospedar autoridades ilustres, como dizia sempre, e não para concorrer com o Hotel Boa Vista, então o mais luxuoso, para a época, hospedeiro dos forasteiros que aportavam pela cidade.

Enfim, morreu um amigo dos amigos, bom pai, bom esposo. Mas acima de tudo, um empresário diferente, que mesmo não sendo necessário ainda administrava o Eusebio´s Hotel, cuidando pessoalmente do cardápio do restaurante; na sua intimidade famílias, sempre nos finais de semana, determinava às cozinheira as melhores iguarias para receber os amigos num majestoso ágape. Nos negócios, um homem sério, honesto e determinado a não errar, para não ter que consertar mais tarde o que para ele seria “inconsertável”.

Foi-se embora o grande amigo Eusébio Maia. Que Deus o receba bem por tudo que ele fez na vida, para a eternidade merecida. À família, Verônica, esposa incansável e amorosa; e aos filhos Sérgio e Joel, os novos tutores do espólio empresarial que Eusébio soube administrar de forma a torná-lo sólido como era a sua dignidade e lucidez nos negócios que fazia. Vá em paz, amigo Eusébio!