00:00:00

Crime em luziânia

Maníaco é achado morto na cadeia


Maníaco é achado morto na cadeia

Pedreiro acusado de assassinar seis jovens estava sozinho em uma cela da Denarc, em Goiânia. Polícia fala em suicídio, mas promete investigar, assim como o Ministério Público



Ary Filgueira

Fotos: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press
\"\"
Agente da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos mostra local onde o pedreiro teria sido enforcado na cela de 6m2
 

Goiânia (GO) — Por volta das 12h30 do segundo domingo preso, Ademar Jesus da Silva, 40 anos, recebeu a marmita do almoço: arroz, feijão e macarrão. Comeu e, em seguida, pediu aos presos da cela ao lado o rodo usado por eles para girar o registro que liga o chuveiro. Avisou que ia tomar banho. Menos de 15 minutos depois, dois agentes de plantão o encontraram morto com uma tira no pescoço feita com o pano que envolvia o colchonete da cela de 6m², na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), no complexo da Polícia Civil em Goiânia (GO). A polícia trata o caso como suicídio.

A morte, no entanto, será investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Imediatamente após a confirmação da morte de Ademar, a Procuradoria-Geral de Goiás designou dois promotores do estado para acompanhar o caso. Um deles foi para o Instituto de Medicina Legal (IML) e o outro para a Denarc . “É no mínimo estranho e deve ser objeto de cabal esclarecimento como uma pessoa tão visada encontrou tempo, espaço e instrumentos suficientes para se matar. Independentemente da causa da morte, deve haver responsabilidade criminal daqueles que detinham só como atribuição a custódia e a segurança do acusado. É bom lembrar que ele foi levado para lá por uma questão de segurança”, disse o promotor de Justiça de Luziânia, Ricardo Rangel.

Após confessar o assassinato de seis adolescentes em Luziânia, município localizado a 66km de Brasília, Ademar foi transferido para a capital goiana, por motivo de segurança, no último dia 11. A polícia temia que ele fosse morto se permanecesse na cidade onde cometeu os crimes. Dormiu três noites em uma sala da Denarc, perto do gabinete da titular, Renata Chein. Na última quarta-feira, colocaram-no em uma cela individual, ao lado de outras duas. O pedreiro de 40 anos fazia três refeições por dia. Na maior parte do tempo, dormia.

Na noite do sábado último, puxou assunto com os 10 presos de uma das celas ao lado. Ademar comentou os crimes cometidos desde dezembro do ano passado e queria saber a opinião deles sobre quanto tempo ficaria na cadeia. “A gente disse: ‘Ih, vai pegar uns 30 anos. Tu matou seis (sic)”, contou um homem de 26 anos, detido por associação ao tráfico. “Mas aqui ninguém ameaçou ele de nada”, completou. Mulheres que teriam passado pela Denarc durante a semana, no entanto, chegaram a dizer a Ademar que ele merecia morrer pelo que fez.

Pendurado

Depois do almoço de domingo, o pedreiro ligou o chuveiro e, segundo a polícia goiana, se matou. Os policiais dizem que ele amarrou uma ponta da tira no pescoço e a outra em um pedaço de ferro da pequena entrada de ar, no canto alto da cela. Pulou de um banco de concreto, de não mais que 60cm de altura. Morreu descalço, de bermuda e camiseta branca. “Quando abrimos a porta da carceragem, vimos ele pendurado, já morto. A camisa tinha sangue”, contou o agente de polícia Carlos Augusto Dias, o primeiro a ver o corpo de Ademar.

Os presos da cela vizinha se incomodaram com o barulho da água do chuveiro, que caía diretamente no chão, fazia eco e atrapalhava o cochilo depois do almoço. Foram eles que gritaram pelos agentes, após chamarem por Ademar e não terem resposta. Em pouco tempo, a delegada titular chegou ao local. “Tenho certeza absoluta disso (do suicídio) e acredito que os órgãos competentes também estão sentindo isso nas provas colhidas até aqui”, comentou Renata Chein. O resultado da perícia com a causa e os detalhes da morte serão divulgados em até 30 dias.

Renata Chein disse que Ademar tinha pedido uma coberta dias antes. “Não demos. Embora ele não falasse em suicídio, sabíamos da pressão que ele estava sofrendo e do desvio psicológico dele”, justificou. Questionada se algo poderia ter sido feito para evitar a morte, ela comentou: “Todas as cautelas para manter um custódia correta e legal foram tomadas. O que não poderíamos era negar até mesmo o colchão. Se eu deixasse ele pelado e sem colchonete, os direitos humanos acabariam comigo”.


 

Tenho certeza absoluta disso (do suicídio) e acredito que os órgãos competentes também estão sentindo isso nas provas colhidas até aqui”
Renata Chein, titular da Denarc

 


Presos depõem

Os depoimentos dos presos vizinhos, ontem à tarde, foram acompanhados pelo promotor do grupo de repressão ao crime organizado Carlos Luiz Wolff de Pina. “Há fortes indícios de suicídio, confiamos no trabalho da polícia, mas estamos aqui para acompanhar as investigações até o fim”, disse. O representante do Ministério Público de Goiás confirmou o pedido de exames cadavéricos para saber se Ademar ingeriu algum produto intoxicado ou sofreu algum tipo de perfuração. O corpo do preso está no IML de Goiânia e só poderá ser liberado a familiares.

Assim que soube da morte de Ademar, o corregedor da Polícia Civil de Goiás, Sidney Costa e Souza, foi até a Denarc. Para ele, o assassino confesso dos adolescentes de Luziânia se matou com medo do que poderia enfrentar na prisão. “Certo tipo de coisa é previsível. Acredito que ele tomou esse caminho justamente porque tinha certeza do que iria acontecer quando fosse para o presídio”, disse ele, antes de comentar que “alguns presos se sentem no direito de violentar quem comete estupro”.

OAB reage

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, se manifestou sobre a morte do pedreiro, por meio de uma nota. “Seja por suicídio seja por homicídio, essa morte reacende a discussão sobre a fragilidade do sistema carcerário brasileiro. Um sistema, infelizmente, falho e desumano, que acaba estimulando o crime em vez de proporcionar a recuperação do apenado”, disse.

Segundo a Ordem, agora é preciso investigar não só os motivos que levaram o juiz Luiz Carlos Miranda, da Vara de Execuções Penais do DF, a soltar o pedreiro, no fim do ano passado, como esse novo episódio. “Não mais teremos uma só investigação sobre as circunstâncias que levaram um juiz a liberar um psicopata, mas outra para saber como esse psicopata, depois de assassinar seis garotos, morreu sob a vigilância do Estado”, ressalta a nota. “Duas falhas do Estado, que mais o aproximam da lei da selva do que da lei dos homens. Chega de descaso e de explicações inexplicáveis. É hora de corrigir rumos sob pena de continuamos a assistir esse festival de omissão e de atentado contra a cidadania”, conclui a OAB. (DA)



Mães desconfiam de versão

Familiares dos garotos assassinados dizem que a morte de Ademar pode prejudicar a conclusão do caso e não acreditam na hipótese de suicídio

Mariana Moreira

A notícia da morte de Ademar de Jesus da Silva, assassino confesso dos seis garotos de Luziânia (GO) caiu como uma bomba entre as famílias das vítimas. Cada uma das mães dos garotos reflete dores e sentimentos de forma diferente, mas todas são unânimes ao afirmar que a morte de Ademar pode contribuir para que detalhes dos crimes nunca venham a ser revelados. A maioria delas também duvida que ele tenha, de fato, se suicidado. Para essas mães, o pedreiro teria sido eliminado para levar com ele algum segredo. A reportagem do Correio também procurou a família de Ademar, que acabou mudando de bairro na semana passada.

Ontem, um dos garotos mortos, Márcio Luiz Souza Lopes completaria 20 anos. Para homenageá-lo, a família organizou uma missa. Ao voltar para casa, a mãe do rapaz, Maria Lúcia do Souza Lopes, soube da morte do algoz do filho. Sentou-se na calçada e ficou observando os carros que passavam, com o olhar perdido. As palavras quase não saíam. “Ela diz que não sentiu nada com a morte do Ademar, porque seu coração já está ocupado com a perda do filho”, afirma a irmã de Márcio, Lúcia Maria Souza Lopes. O restante da família, no entanto, ficou revoltada com a notícia. “A morte dos meninos ficou impune. Vai ficar por isso mesmo? O Ademar não sofreu tanto quanto as pessoas que matou”, protesta Lúcia Maria.

Aldenira Alves de Souza, mãe de Diego Alves Rodrigues, soube da morte do pedreiro pela televisão. “Isso é queima de arquivo. Ou será que alguém lá de dentro ajudou ele a fazer isso?”, questiona. Ela acredita que o homem não teria agido sozinho quando atacou os jovens, já que relatos de adolescentes que conseguiram escapar do assédio de Ademar mencionam um comparsa que acompanhava, dirigindo um carro, os passos do maníaco. Apesar da morte do assassino confesso, as mãe garantem que darão continuidade à luta para alterar a legislação e impedir que criminosos condenados pela prática de crimes hediondos tenham direito à progressão de regime. Logo que soube da notícia, a mãe de Diego recortou um coração, feito em tecido preto, e o afixou com pregos na parede externa da casa. Diz que é assim que está seu coração, negro, de luto. “Por que ele não se matou antes de levar os nossos filhos?”, revolta-se.

Quem avista a fachada da casa de outra vítima de Ademar, o garoto Divino Luiz Lopes da Silva, também vê, de imediato, um cartaz com a foto do rapaz. A mensagem está lá desde que a mãe dele, Mariza Pinto Lopes, registrou o desaparecimento. “Na verdade, ainda acredito que meu filho possa estar vivo. Só ficarei convencida após o DNA” afirma. O resultado do teste (1)deve ser divulgado esta semana. Segundo ela, a morte de Ademar era temida pelas famílias. “Vai ficar mais difícil descobrir o que realmente ocorreu”, afirma.

Mudança

Cirlene Gomes, mãe de George Rabelo dos Santos, mudou-se para outro bairro, mas os pais continuam morando em uma casa na mesma rua. Apesar da notícia, a avó do garoto, Virgínia Rabelo, ainda tem esperanças de que as circunstâncias dos crimes sejam elucidadas. “Deus sabe de tudo. Assim como mostrou as ossadas dos meninos, vai mostrar quem agiu com ele”, acredita.

“Muitas perguntas ficaram sem respostas”, lamenta Valdirene Fernandes da Cunha, mãe de Flávio Augusto dos Santos. Segundo ela, as famílias das vítimas já teriam conversado a respeito do medo de o preso sofrer algum tipo de agressão na prisão, em Goiânia, e não duvidam da possibilidade de que ele tenha sido assassinado. “Ele não era um ser humano, era só a casca, por matar meninos que não podiam se defender”, desabafa.

“Vou morrer com a crença de que ele não agiu sozinho”, ressaltou Sônia Vieira, mãe de Paulo Victor Vieira. Segundo ela, Ademar não teria porte físico para levar garotos tão robustos a um lugar tão ermo e enterrá-los. Ela também ficou preocupada ao saber que o pedreiro ficaria preso em Goiânia. Juntas, as famílias chegaram a negociar a transferência do assassino para Brasília. “Mas a gente não vai abaixar a cabeça. Foi lutando que chegamos a ele. Então, podemos ir adiante”, acredita. Quando soube que o pedreiro teria admitido ter matado os jovens, ela estendeu uma bandeira de luto no muro de casa.

Na manhã de hoje, os familiares dos garotos têm encontro marcado para decidir detalhes do sepultamento, cuja data ainda não foi confirmada. “Será um enterro coletivo”, adianta Sônia Vieira. Neste dia, cada uma das mães fará uma homenagem ao filho. “Os 23 sobrinhos de Márcio farão um ensaio para cantar a música favorita dele, Faz um milagre em mim, de Regis Danese”, afirma a irmã Lúcia Maria Lopes. Valdirene Fernandes pretende exibir imagens de Flávio em um telão. As outras mães ainda não decidiram o que farão para lembrar a memória dos filhos.


1 - Exame genético
Após ser preso, Ademar de Jesus Silva levou os policiais ao local onde teria enterrado os jovens, na Fazenda Buracão, em Luziânia (GO). Os seis corpos foram encontrados e submetidos a exame de DNA, mas o resultado ainda não foi revelado. Ontem, familiares de uma das vítimas encontraram uma nova ossada nas proximidades das covas dos rapazes. O Insituto Médico Legal (IML) da cidade examina o material.



Fotos: Iano Andrade/CB/D.A Press
\"\"
 
 



    Na verdade, ainda acredito que meu filho possa estar vivo. Só ficarei convencida após o DNA“

    Mariza Pinto Lopes, mãe de Divino Luiz Lopes da Silva















 
\"\"
 
 



    A gente não vai abaixar a cabeça. Foi lutando que chegamos a ele (Ademar). Então, podemos ir adiante”

    Sônia Vieira, mãe de Paulo Victor Vieira






 
\"\"
 
 



    Muitas perguntas ficaram sem respostas. Ele não era um ser humano, era só a casca”

    Valdirene Fernandes da Cunha, mãe de Flávio Augusto dos Santos



Família na Bahia soube da notícia pela TV

Thaís Paranhos
Especial para o Correio
Monique Renne/CB/D.A Press - 13/4/10
\"\"
Rosa Amélia, em entrevista na semana passada: “Sei que não vou ver mais meu filho”
 

A notícia da morte de Ademar de Jesus Silva, 40 anos, abalou, mais uma vez, a família do assassino confesso de seis jovens que sumiram de Luziânia desde o fim do ano passado. O irmão do pedreiro, o motoboy Domingos Jesus da Silva, 30 anos, estava em casa na tarde de ontem, na cidade de Santana, localizada no interior da Bahia, quando soube que Ademar estava morto. Ele assistia à televisão sozinho, quando viu a notícia e correu para avisar a mãe, que estava em outro cômodo da residência. Rosa Amélia de Jesus da Silva, 69 anos, passou mal e precisou ser levada ao hospital da região. “A gente fica muito sentido com o que aconteceu”, disse Domingos ao Correio.

Por volta das 14h, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) encontrou o corpo do pedreiro na cela e confirmou a morte. Ele ficava isolado em uma área da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) em Goiânia por questões de segurança. No interior baiano, a família de Ademar, ou Negão, como era tratado pela mãe e pelos nove irmãos, mais uma vez, soube da tragédia pela TV. “Não esperava que isso pudesse acontecer com o meu irmão, apesar de acreditar que ele não estava seguro lá”, lamenta Domingos. Logo após saber da morte, ele procurou uma lan house para conseguir mais informações sobre o que havia ocorrido.

Até o fechamento desta edição, Domingos ainda aguardava uma ligação da irmã que mora em Luziânia para saber mais detalhes. O próximo passo da família será procurar um advogado, ainda na manhã de hoje. A intenção deles é levar o corpo de Ademar para ser enterrado em Santana. “Vamos procurar saber se a Justiça vai liberar o corpo dele para vir para cá”, ressaltou Domingos. Ele também não soube dizer se os filhos — uma moça de 18 anos e um de adolescente de 14, que vivem com os avós maternos em Serra Dourada, também na Bahia — estavam sabendo da morte do pai.

“Vontade de Deus”

Domingos não falava com Ademar havia oito anos. Já Rosa esteve com o pedreiro no fim do ano passado, depois de ele deixar a Papuda. O pedreiro foi condenado a 15 anos de cadeia por ter abusado sexualmente de dois meninos — um de 13 e outro de 11 — em novembro de 2005, no Distrito Federal. Mãe e filho passaram o Natal e ano-novo juntos em Luziânia, onde Ademar morava com uma irmã, no Parque Estrela Dalva, mesmo local onde os jovens residiam. O primeiro dos adolescentes que o pedreiro confessou ter matado, Diego Alves Rodrigues, 13 anos, desapareceu em 30 de dezembro. Rosa só voltou para a cidade onde vive em 12 de janeiro. Nessa data, Ademar já tinha feito duas vítimas.

Na semana passada, a mãe do pedreiro conversou com a equipe do Correio, em Santana. Com sofrimento, ela disse que não entende por que o filho confessou ter cometido crimes tão bárbaros no município goiano, localizado a 700 km de Santana. “Tenho certeza de que eduquei bem meus filhos. Se Negão não aprendeu, é porque a cabeça dele não deu”, disse ela, durante a entrevista. Rosa já perdeu outro filho assassinado, há 18 anos.

Na mesma entrevista, ela disse se solidarizar com o sofrimento das mães de Luziânia. “Deus me perdoa, sou mãe, mas se um desses meninos tivessem matado ele, acho que ele não ia sofrer tanto. Fico contente que ele está preso, mas tenho dó, sei que não vou ver mais meu filho. E não posso fazer nada. Agora, é esperar pela vontade de Deus.”



Memória
Tragédias sucessivas
Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 12/4/10
\"\"
 
 

Longe da Bahia, onde tinha um mandado de prisão por tentativa de homicídio que não foi informado à Justiça do DF, Ademar de Jesus Silva, 40 anos, pai de dois filhos, foi condenado em 10 de fevereiro de 2005 por ter abusado de dois meninos, de 13 e 11 anos. De acordo com o processo, o homem atraiu os garotos com a promessa de dar dinheiro em troca de serviços de pedreiro. Os crimes ocorreram em Águas Claras e no Núcleo Bandeirante. Ademar foi preso em flagrante, após uma das vítimas denunciá-lo na delegacia. Na sentença, o juiz Gilmar Tadeu Soriano teceu o seguinte comentário sobre Ademar: “Quanto à personalidade, comprovado tratar-se de pessoa que não possui boa índole”. À época, Ademar pegou 15 anos de cadeia. Mas, em 6 de setembro de 2007, a Justiça acatou parcialmente a apelação da defesa do pedreiro e reduziu a pena para 10 anos e 10 meses de reclusão.

Em 23 de dezembro do ano passado, diante do seu bom comportamento na cadeia e de um laudo psicológico que atestava que ele não era doente mental, o juiz Luiz Carlos de Miranda concedeu o benefício de progressão de pena a Ademar. Uma semana depois, ele começa a matar. A decisão de Miranda causou polêmica. Na semana passada, ele quebrou o silêncio e disse que agiu de acordo com a lei e que “faria de tudo de novo”.

Na última quinta-feira, a promotora Maria José Miranda pediu à Justiça a regressão de pena do pedreiro, para ter a garantia de que ele não seria solto. O assassino confesso dos seis jovens de Luziânia morava no Parque Estrela Dalva 4, a poucos metros de algumas de suas vítimas. Ele teria abordado no bairro pobre do município goiano pelo menos mais seis garotos. O argumento era o mesmo: o pedreiro oferecia serviço em troca de dinheiro. Ele foi preso no último dia 11. Mostrou, no dia seguinte, o local onde os corpos dos seis adolescentes estavam enterrados na Fazenda Buracão, localizada a 1,8 km da entrada de Luziânia e a 1km da casa onde o pedreiro morava com a irmã. Em um depoimento confuso em Goiânia, pediu que fosse submetido a um tratamento psicológico.


 

  • Diego Amorim
    Enviado especial

Últimas Postagens