Maturuca

 

O presidente Lula da Silva confirmou hoje sua vinda a Roraima no dia 19, quando participará da Festa da Homologação que será realizada em Maturuca, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a partir desta quinta-feira. A informação foi confirmada pelo diretor de Projetos do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Júlio Macuxi, que integra a comissão nomeada pelo Ministério da Justiça para preparar a festa.

 

A agenda de Lula ainda não foi divulgada e deverá ser anunciada momentos antes da festa por questão de segurança. Mas a estimativa é que o presidente da República chegue ao meio-dia do dia 19. Os organizadores da festa já estão em Maturuca com a finalidade de adequar a programação com o horário da permanência de Lula. Estão sendo esperadas 18 mil pessoas, entre indígenas e convidados.

 

O início do evento será nesta quinta-feira, com abertura às 7 horas com oração tradicional dos povos indígenas. A manhã toda será destinada as apresentações das comunidades indígenas, convidados, coordenadores do evento e membros do Conselho Indígena de Roraima que integra a comissão organizadora da festa.

 

Na parte daA tarde ocorrerá a apresentação dos indígenas que irão participar das disputas esportivas, como futebol, corrida de cavalos. Depois começam as apresentações culturais e abertura dos pontos de vendas de produtos e comidas indígenas.

 

As atividades prosseguem à noite com arraial, mas também haverá apresentação dos objetivos da festa e histórico de luta da caminhada dos povos indígenas na luta pela garantia da terra. O primeiro dia encerra com mais danças, cantos e apresentação da banda indígena Caxiri na Cuia.

 

A festa prossegue até o dia 20 com várias atividades, com homenagens a quem lutou ao lados dos índios pela conquista das terras, rituais indígenas, entonação do Hino Nacional na língua Macuxi, além de outros eventos programados por organizações indígenas, comunidades, órgãos federais e outras autoridades.

 

Todos os dias estão saindo ônibus da sede do CIR no bairro São Vicente, na avenida Sebastião Diniz, 2630. Quem não conseguir veículos gratuitos tem a opção de ir de ônibus particular, ao preço de R$ 40,00. Os ônibus gratuitos estão saindo lotados porque eles passam primeiro nas comunidades indígenas para depois pegar quem estiver na sede do CIR.

 

É necessário que os convidados levem prato, colher e copo, pois no local não haverá esses utensílios, nem mesmo descartáveis, pois está havendo uma preocupação em produzir o mínimo possível de lixo.

 

SEGURANÇA - A exigência da Presidência da República é que todos os convidados e imprensa cheguem até as 18 horas do dia 18, pois no dia 19 de abril todo o acesso será fechado pelas equipes de segurança compostas pela Polícia Federal e Força Nacional de Segurança.

 

Só vão entrar no dia 19 autoridades convidadas e cadastradas, além de outros casos excepcionais que serão analisados pelas equipes de segurança. Haverá três pontos de fiscalização, onde será confirmado o credenciamento e exigido documento de identidade ou outro com foto.

 

O acesso por estrada até Maturuca não é fácil, por se tratar de região de serras. Partindo de Boa Vista, o trajeto de ida e volta será de mais ou menos 700Km. É necessário que se leve pelo menos 50 litros combustível para abastecer o carro. São cerca de 5 horas de viagem de ida, podendo até chegar 7 horas se o condutor for numa velocidade mais baixa.

 

É necessário que o carro esteja revisado e com pneus novos para que se evitem surpresas desagradáveis. Embora o 6º Batalhão de Engenharia de Construção esteja recuperando a estrada, há trechos de serras onde há muitas pedras, subidas e descidas.  

 

COMIDA - Os profissionais de imprensa precisam levar redes ou barracas para acampar, além de pratos e talheres. A alimentação será oferecida pela Comunidade Maturuca, mas haverá pontos de vendas para quem não quiser entrar na fila ou por outro motivo. Os convidados e imprensa também poderão levar sua própria alimentação, se assim desejarem.  

 

Não custa lembrar que estão sendo aguardados 15 mil convidados, o que eventualmente pode ocasionar demora e grandes filas para conseguir alimentação. Daí a necessidade de estar equipado com pratos e talheres para facilitar o serviço. Mas um esquema de distribuição de alimentos está sendo montado para que não haja demora ou qualquer tipo de transtorno.

 

Os índios já têm experiência nesse tipo de trabalho, quando em assembleias são atendidas até mil pessoas no horário do almoço e janta. Os alimentos são distribuídos por região, com uma coordenação para cada região. No caso dos convidados, haverá também cuidado de montar esse mesmo esquema.

 

Mas as comunidades indígenas vão instalar feiras-livres e pontos de comercialização de comidas tradicionais e outros tipos de alimentação, como forma de garantir renda para suas famílias. Isso pode facilitar quem queira comprar comidas ou outro tipo de produtos.