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EDITORIAL

O exemplo tem que vir de quem cobra


O exemplo tem que
vir de quem cobra

Questão arguida na coluna OPINIÃO FORMADA, deste Fontebrasil, terça-feira, 30, com relação a procedimentos na Assembléia Legislativa, precisa ser levada a sério pelas autoridades responsáveis – leia-se aí o Ministério Público Estadual.

A moralidade na conduta do bem público em qualquer esfera, afinal, é tão imprescindível quanto o ar que se respira. Faltando, desoxigena todo o organismo que dá sustentação ao estado de direito.

Assim, é  inadmissível que deputados falem e cobrem moralidade da parte do governo, enquanto eles próprios se desvestem de tal atributo.

A ação popular impetrada pelo ex-procurador do estado, advogado Pedro Duque, depois de ler as notas publicadas neste site não pode se perder no éter das conveniências. Cabe, portanto, investigação séria e urgente.

A fábrica de jetons, segundo a denúncia, é algo escandaloso. Parir sessões extraordinárias para votar projetos de somenos importância que poderiam entrar na pauta das sessões ordinárias, com o objetivo único de gerar renda extra, é algo que foge à normalidade. 

Diga-se, cada um desses encontros custa ao Erário a bagatela de quase R$ 2 mil pagos a cada representante do povo que assinar o livro de presença. Apenas em uma tarde foram quatro sessões extraordinárias, que renderam a bagatela de quase R$ 8 mil a mais nos respectivos salários.

Qual o trabalhador que sua a camisa de sol a sol, oito horas por dia, seis dias da semana, tem direito a salário tão alto? Isso, sem levar em conta que o salário dos deputados ainda inclui outros benefícios diretos e indiretos – como a verba de gabinete, adiantamentos, diárias ...

Se é para fiscalizar os outros que os deputados estaduais abram a caixa-preta e exponham os atos – secretos ou não - do Legislativo. Demonstrem que não aplicam o farinha pouca meu pirão primeiro ou "o faça o que mando e não o que faço". Não é preciso ser nenhum físico ou matemático para se saber que o que sobe, desce, e o que vai, volta. O exemplo tem que vir de quem cobra.

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